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Artigos Sábado, 29 de Abril de 2017, 08:42 - A | A

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Sábado, 29 de Abril de 2017, 08h:42 - A | A

O antes no depois

Não faz frio mas os dias, dizem, ficarão cinzentos...

VALÉRIA DEL CUETO

 

Divulgação

Valeria Del Cueto

 

Essa crônica sai, na melhor das hipóteses, no sábado. Dia seguinte ao da greve geral convocada para o dia 28.

 

Só agora ao começar a redigi-la me dou conta que a mesma só sairá “na melhor das hipóteses” ou seja, no sábado, caso os empregados do jornal não... entrem em greve!

 

Pois não é que é na sexta-feira que o caderno é montado, editado e impresso para estar nas bancas na manhãzinha de sábado?

 

Vou situá-lo: é que escrevo na noite de quinta-feira acompanhando a movimentação para a greve geral do dia seguinte.

 

Amanhã ou ontem, conforme o ponto de vista...

 

Sim, vai (ou teve) greve. Dependendo da fonte consultada e das informações recebidas, o sucesso foi garantido, ou não.

 

O que desperta a atenção é a data da aprovação das mudanças nas leis trabalhistas. Alguns poucos dias antes do dia 1 de maio, o Dia do Trabalhador. E não se fala mais nisso.

 

Ou melhor, não se falou até a hora em que escrevo ouvindo o barulho da chuva que cai no Rio de Janeiro, trazendo ventos e fazendo o mar subir, para a alegria dos surfistas. Não faz frio mas os dias, dizem, ficarão cinzentos...

 

É assim mesmo. Não há nenhum pudor em mutilar a legislação de Getúlio Vargas e dá-la de presente ao trabalhador brasileiro no seu dia. Para soprar a velinha na sequência, assim, de carreirinha, vem a Reforma da Previdência.

 

Não dá para o trabalhador bater palmas. Estão na mesma canoa furada que os índios que andaram pela frente do Congresso Nacional dias atrás pedindo Demarcação Já.

 

Tem gente que se preocupou com a origem da manifestação de ontem. O mais importante eram as causas que levaram os brasileiros à greve.

 

Pode ser até que demore. Mas um dia a pressão será tanta que, finalmente, o povo vai entender que ninguém vai fazer por ele.

 

Não há santos distribuidores de benesses, jeitinho, atalhos ou mágica. Há esforço, suor e dedicação permanente para aprimorar (ou sugar até a exaustão, dependendo do ponto de vista) o sistema.

 

É um escárnio, um tapa na cara aprovar a “Reforma” Trabalhista na véspera do dia do Trabalhador.

 

Esse que vai pagar a conta da ladroagem explícita e declarada dos que legislam em causa própria em Brasília.

 

Os mesmos que condenam o brasileiro comum a morrer trabalhando para pagar suas mordomias.

 

Enquanto isso, Adriana Ascelmo fica! Se dizendo “mulher do lar” de Cabral que diz que é tudo caixa 2, Bruno volta para o xilindró e um monte de gente espera.

 

Espera sobreviver a uma guerra que não é deles, dos morros cariocas ao outro lado da fronteira, em cima do aquífero guarani.

 

Diante dos 47 mil presos na Turquia, o que representam meia dúzia de corruptos e/ou uns a mais ou a menos lá para as bandas do Morro do Alemão?

 

Era uma vez um reino de faz de contas, cheio de contas a pagar.

 

*VALÉRIA DEL CUETO é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Essa crônica faz parte da série “Arpex”, do SEM   FIM...  delcueto.wordpress.com

 

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