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Artigos Quinta-feira, 17 de Outubro de 2019, 09:09 - A | A

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Quinta-feira, 17 de Outubro de 2019, 09h:09 - A | A

DUMARA VOLPATO

A arte de ensinar

DUMARA VOLPATO*

Divulgação

Dumara Volpato


Em tempo de confusão e trapalhadas, o entendimento e facilidade são preciosidades que encontramos em nossos dias e, para que possamos ter essa duplinha mais presente em nossa Vida, se faz necessário uma série de aprendizados.

Desde que nascemos damos início a um processo de aprendizagem. Aprendemos a ingerir, comer, falar, andar, entre outras milhares de coisas durante nossa Vida. Partindo desse pressuposto, se faz necessário que exista alguém que nos ensine a fazer tudo isso, certo? Sim, eu falo aqui dos nossos professores, não somente daqueles que possuem graduação ou títulos que encontramos nas escolas e universidades, mas daqueles que em algum momento de nossa existência nos fizeram construir nossas referências, conceitos e conhecimento. É a respeito desse assunto que conversaremos hoje. 

Você já parou para lembrar quem foram esses professores que a Vida lhe deu? Em algum momento você sentiu em seu coração vontade de agradecê-los? 

Como disse inicialmente, nós nascemos no caminho do aprendizado e nossos primeiros professores são os nossos pais naturais ou adotivos, avós, tios ou tias, babás, ou algum familiar que esteve muito próximo de nosso convívio desde quando tínhamos meses até os 03 anos de idade. Nessa fase aprendemos com eles a conhecer o meio em que vivemos, aprendemos a romper nossos limites, aprendemos a reconhecer limites e construir a referência de nossos relacionamentos. Aprendemos a amar e ser amados, a ter contato com as nossas emoções, e aprendemos também como reagir diante da tristeza, da dor e a sorrir com a alegria. Quando infantes, nós recebemos muita influência dessas pessoas e não temos a consciência, ainda, de como as atitudes, a emoção e o caráter dessas pessoas podem desenhar nosso futuro. Na vida adulta é muito comum realizarmos inconscientemente ações que nos remetem ao nossa vivência nessa fase.

Quando chegamos à escola, descobrimos um novo universo de coisas e ampliamos a nossa capacidade de relacionamento. Encontramo-nos com uma figura importantíssima que chamamos de professor - ou “tia(o)”, como os pequeninos carinhosamente falam.  O professor tem a missão de cativar pelo encanto de suas palavras e gestos os alunos em uma rotina diária de convívio social e estudo. Na visão sistêmica, os professores ocupam o lugar abaixo apenas dos pais das crianças na linha hierárquica, ou seja, isso quer dizer que nós devemos ter apreço pelos nossos professores, próximo à consideração que temos pelos nossos pais, pois na formação de nosso caráter eles são tão significativos que se aproximam de nossos pais. Devemos ensinar aos nossos filhos a autoridade que um professor tem em sala de aula e, porque não dizer, a autoridade que ele exerce na vida de nossos filhos.

A prática das constelações familiares deixou claro que o professor, juntamente com o Pai, tem a função de preparar o aluno para o mundo. Um professor tem a capacidade de guiar e auxiliar seus alunos a superarem suas limitações. Através da influência que um professor tem na vida de um aluno ele pode transformar a realidade e o futuro deste, pois muitas são as vezes que os pais não conseguem ser referência para seus filhos e estes encontram na escola, nos professores, os exemplos que lhe trazem força para superar as suas dificuldades. Grande responsabilidade, né? Sim, todos nós temos um pouquinho de aluno e de professor.  Então, convido-lhe a uma reflexão. O que seria ser um bom aluno para você?  

Um bom aluno se dedica a aprender as lições que lhe são passadas, tem determinação para superar os desafios propostos, tem disciplina para chegar ao objetivo desejado, tem atenção com aqueles que lhe ensinam, reconhece e respeita a autoridade do professor. Tem o coração repleto de gratidão pelos aprendizados recebidos e faz algo de bom com os ensinamentos que recebeu. Será que estamos sendo bons alunos na escola da Vida?

E quais as virtudes de um bom professor? Arte de ensinar pressupõe empatia, se colocar no lugar do outro e tentar vivenciar a sua realidade, chegando aos seus sentimentos, compreendendo seus limites e suas dificuldades. A arte de ensinar requer alegria, amor ao seu trabalho, ensinar com amor. Quando amamos o que fazemos em nossos gestos estará impressa a animação, a felicidade e o bom humor.

A arte de ensinar move a determinação. Não desista de trazer a sua verdade, o seu conhecimento, mesmo quando isso lhe exija tempo, dedicação e superação.  A arte de ensinar clama por paciência, saber que cada um tem o seu tempo para aprender, nós não assimilamos as lições todos da mesma forma, no mesmo ritmo. Saiba tolerar aborrecimento ou irritações, ter paciência é fundamental para que sua palavra chegue ao coração de quem ouve. A arte de ensinar exige disciplina, no pensar e no agir para que seus ensinamentos sejam coerentes com as suas ações. O bom professor ensina pelo seu exemplo. A arte de ensinar procura a esperança, pois o conhecimento é um ponto de luz para aqueles que se encontram na escuridão. Façam com que suas lições sejam uma bússola para um navegante perdido e norteie, acredite na capacidade de transformação das pessoas e incentive isso.

A arte de ensinar reivindica compromisso, então esforce-se, dedique-se ao estudo, amplie sua capacidade de conhecimento, busque aperfeiçoamento constante. A arte de ensinar intenta a sabedoria, logo, empregue um tempo ao estudo do autoconhecimento e ligue-se aos seus princípios, à sua verdade, tenha ética e bom-senso para chegar a sabedoria e cativar seus alunos.

Será que estamos sendo bons professores? 

Ensinar é uma arte e ser professor é conduzir almas e sonhos, é inspirar vidas, é estender a mão, abrir mentes e tocar corações. 

Dedico esse texto a todos os professores e, em especial àqueles que a Vida me proporcionou, rendo, através deles, minha gratidão por tão valiosa missão.

(*) DUMARA VOLPATO é advogada e Terapeuta em Constelação Familiar com Curso em Hellinger Sciencia pelo Instituto Hellinger do Brasil; Formação em Constelação Familiar pelo Instituto CreSer de Campo Grande – MS; Curso de Aprofundamento em Novas Constelações e Curso de Análise Transacional pelo Instituto de Constelações Familiares Brigitte Champetier; e Praticante Profissional de Cura Reconectiva e Reconexão, pelo The Reconection, Califórnia – EUA. E-mail: [email protected]

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