A Nokia chegou a fazer suspense por algumas semanas, mas após uma grande pressão dos fãs nas redes sociais decidiu relançar o famoso telefone 3310, conhecido no Brasil como "tijolão". O aparelho foi anunciado quase 17 anos depois de sua estreia no mercado.
Muitos consideram o aparelho original icônico por causa de sua popularidade e robustez. Mais de 126 milhões de unidades desse modelo foram produzidas antes que ele fosse aposentado, em 2005.
A versão renovada será vendida sob licença da start-up finlandesa HMD Global, que já distribuiu outros modelos de smartphones Android da marca Nokia.
Um especialista ouvido pela BBC disse que essa foi uma "maneira fantástica" de relançar a marca de telefone da Nokia.
"O 3310 foi o primeiro celular a ser produzido em massa e há uma enorme nostalgia e carinho das pessoas por ele", comentou Ben Wood da consultoria de tecnologia CCS Insight.
O anúncio foi feito antes do início do congresso de tecnologia Mobile World Congress, em Barcelona. LG, Huawei e Lenovo estão entre outras empresas que também revelaram novos aparelhos.
"Se a HMD tivesse anunciado apenas dispositivos Android (no congresso), eles teriam apenas um pequeno espaço na imprensa. Então, o 3310 é um movimento muito inteligente e esperamos que ocorram vendas em volumes significativos", afirmou Wood.
A Nokia já não faz mais telefones, mas fabrica equipamentos de telecomunicações, como câmeras de realidade virtual e kits de saúde com a marca Withings.
Vida longa
O novo 3310 é um "telefone funcional" em vez de um smartphone, uma vez que fornece apenas recursos limitados de internet.
Ele depende da conectividade 2.5G - que tem velocidades de transmissão de dados mais lenta do que 3G ou 4G - e é alimentado pelo sistema operacional S30+, que permite a navegação na web, mas tem uma gama muito menor de aplicativos do que um Android ou iOS. Sua única câmera também é restrita a 2 megapixels.
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