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Política Sexta-feira, 14 de Julho de 2017, 10:05 - A | A

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Sexta-feira, 14 de Julho de 2017, 10h:05 - A | A

EM DEPOIMENTO

Tatiane Sangalli afirma em depoimento que houve grampos na eleição da OAB

PABLO RODRIGO

O depoimento da publicitária Tatiane Sangalli, prestado na sede da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), complica ainda mais a vida do ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques no âmbito dos grampos ilegais em Mato Grosso.

 

Acompanhada do advogado Francisco Faiad, que é filiado ao PMDB e considerado como um dos adversários políticos do governo Pedro Taques, Sangalli foi ouvida pelo delegado Flávio Stringueta, chefe das investigações dos grampos ilegais, e revelou que as escutas telefônicas ilegais ocorrem desde 2012.

 

Reprodução

paulo e tatiane

 Tatiane Sangalli afirmou em seu depoimento que o ex-secretário Paulo Taques fez grampos clandestinos em 2012

De acordo com trechos do depoimento, do qual o Hipernoticias teve acesso com exclusividade, Tatiana Sangalli afirmou que Paulo Taques teria montado um esquema de arapongagem durante a eleição de 2012 para presidência da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso  (OAB-MT).

 

"Durante a campanha para a eleição de presidente da OAB/MT de 2012, a depoente ouviu em conversas que Paulo Taques participava que havia gravações clandestinas aparentemente de telefones; que, a depoente ouvia as pessoas dizerem que já sabiam dos passos do adversário antecipadamente,pois já tinham ouvido em gravações; Que, a depoente se recorda também que inclusive seus próprios passos eram antecipados por Paulo Taques, se recordando que em uma viagem que fez até Brasília para participar de um aniversário Paulo Taques sabia de coisas que a depoente não havia lhe dito", diz trecho do depoimento dado nesta quinta-feira (13)

 

Sangalli também afirma que teria sido grampeada pelo ex-chefe da Casa Civil apenas por ciúmes. "Que, perguntada a depoente porque acredita que foi "grampeada" durante 01 ano a partir de outubro de 2014, respondeu que acredita que foi por ciúmes de Paulo Taques; Que, a depoente se recorda que Paulo Taques sabia das pessoas com quem a depoente 'ficava', e a acusava  de traição; Que, mesmo a depoente negando referidos relacionamentos com outras pessoas, Paulo Taques insistia dando a entender que sabia das coisas por meio de informações privilegiadas". finalizou o seu depoimento acompanhada do seu advogado Francisco Faiad.

 

Nas eleições de da OAB-MT em 2012, Paulo Taques foi um dos coordenadores  da candidatura do advogado José Moreno na chapa "A OAB é muito mais". A chapa ficou em segundo lugar, perdendo para a candidatura de Maurício Aude.

 

Essa é a segunda vez que Paulo Taques é acusado em depoimento de ter praticado interceptações telefônicas clandestinas. 

 

Antes, a delegada Alessandra Saturnino de Souza disse à Corregedoria da Polícia Civil, que Paulo Taques (na época era o chefe da Casa Civil) teria passado os telefones de sua ex-amante Tatiane Sangalli, de Carolina Santos, servidora da Casa Civil, e do jornalista José Marcondes Muvuca para serem interceptados. Os números foram inseridos na grampos da Operação Forti, que monitorava o sistema prisional e era coordenada pela Secretaria de Segurança Pública. Segundo a delegada, as interceptações foram feitas porque Paulo Taques relatou que haveria possíveis ameaças à vida do governador. 

 

Paulo Taques também disse que teria manifestado preocupação com possíveis armações para denegrir a imagem dele e do governador. 

 

Por conta do depoimento da delagada Alessandra Saturnino, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Leonardo Campos, afirmou que solicitará oficialmente o depoimento da delegada Alessandra Saturnino de Souza à Corregedoria da Polícia Civil, para decidir se acionará o ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques no Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da entidade. 

 

“Nós só ficamos sabendo dessa denúncia pela imprensa. Mas vamos requerer de forma oficial para analisar se houve alguma conduta contrária ao código de ética. E não é só o Paulo Taques, qualquer advogado que ferir a conduta de ética da OAB será responderá disciplinarmente pelos seus atos”, disse Leonardo Campos. 

 

As investigações sobre as interceptações telefônicas que estão em andamento nas Corregedorias da Polícia Militar e Civil, no Tribunal de Justiça (TJMT), nas procuradorias Geral de Justiça e da República – PGJ e PGR -, apontam que os grampos ilegais iniciaram entre maio de 2014. 

 

A nossa reportagem tentou entrar em contato com Paulo Taques, porém, o seu celular estava desligado.

 

Outro Lado

O advogado José Moreiro em contato com o Hipernoticias  disse que o ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques não participou de sua campanha para a presidência da OAB em 2012, e, que foi apenas um apoiador durante o pleito. "Eu preciso esclarecer que o Paulo Taques só participou da nossa campanha como apoiador. Nunca teve nenhuma função. Quem coordenou a minha campanha foi o advogado Fábio Schneider", disse Moreno.

 

Sobre a prática de grampos telefônicos clandestino, José Moreno disse que não compactua com qualquer ato antidemocrático.

 

"Não compactuo e nunca vou compactuar com grampos ilegais. Nós vivemos em uma democrácia e devemos prezar por ela. Jamais mandei grampear alguém. Rechaço esse tipo de conduta", finalizou.

 

No final da manhã desta sexta-feira, o advogado lançou uma nota de esclarecimento. Confira abaixo:

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em razão da notícia veiculada no site Hipernotícias, venho à público, esclarecer o seguinte:

1-Na campanha à OAB/MT em 2012, na qual fui candidato à presidente, o coordenador de campanha foi o advogado Fábio Scheneider;

2-O advogado Paulo Taques jamais participou de nenhuma das minhas coordenações de campanhas, seja nas eleições de 2012, seja nas eleições de 2015;

3-Não compactuo com procedimentos ilegais, repudiando veementemente a prática de uso de grampos telefônicos contra quem quer que seja;

4-Tal expediente fere a democracia, a dignidade, a privacidade e atenta contra toda a sociedade;

5-Espero que os fatos sejam devidamente apurados e os culpados, punidos de forma exemplar.

 

(Atualizada às 11:56)

 

 

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