O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou ter comprado o apoio do ex-deputado federal Julio Campos (DEM) para ter apoio dos prefeitos do DEM na campanha ao Palácio Paiaguás, em 2010. Silval teria pago R$ 4 milhões a Campos, que na época era presidente do partido, para garantir o apoio.
As informações constam em trechos na delação premiada do ex-governador, firmado junto a Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologada pelo relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux.
"O declarante [Silval], então, solicitou a Júlio Campos que ele liberasse os prefeitos que possuíam simpatia com a candidatura do declarante para que o apoiassem ao passo que o declarante iria ajudá-lo em suas despesas de campanha", informou Silval Barbosa, em trecho do documento.
O ex-governador concordou também em arcar com as despesas do vice-candidato na chapa de Wilson Santos (PSDB), Dilceu Dal'Bosco (DEM), para garantir que o democrata ficasse "inerte" e não agisse contra a campanha de Barbosa. Santos teria garantido que iria apoiar financeiramente as campanhas proporcionais do DEM, mas não "honrou" o compromisso.
Wilson Santos ainda teria procurado Silval Barbosa, em 2010, pedindo R$ 10 milhões, para que não o atacasse. Também haveria uma proposta do então candidato ao Palácio Paiaguás, Mauro Mendes (PSB), no valor de R$ 10 milhões, para que Santos fosse mais "ostensivo e agressivo" contra Silval.
Diante da falta de apoio de Santos, Silval procurou Júlio Campos, afirmando que já possui simpatia de muitos prefeitos do DEM e que gostariam de apoiar a candidatura do peemedebista. Porém não podiam por conta da fidelidade partidária, já que um membro do partido era candidato a vice na chapa de Santos.
"Júlio Campos ficou muito irritado com a atitude de Wilson Santos, alegando ainda que havia prometido a ele [Julio] recursos financeiros para ajudar na campanha dos candidatos do partido [DEM], mas que não havia cumprido com sua promessa".
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