Sábado, 20 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,20
euro R$ 5,54
libra R$ 5,54

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,20
euro R$ 5,54
libra R$ 5,54

Política Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018, 17:58 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018, 17h:58 - A | A

OPERAÇÃO BERERÉ

Silval Barbosa e Mauro Savi teriam recebido R$ 1,5 milhão para financiar campanha eleitoral

JESSICA BACHEGA

O ex-governador Silval Barbosa (sem partido) e o deputado Mauro Savi (PSB), teriam recebido R$ 750 mil cada um, da empresa FDL Fidúcia em troca de contrato com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O dinheiro foi pago aos políticos a título de propina e financiou a campanha eleitoral de ambos que concorriam aos cargos nas eleições de 2010. As informações constam no pedido de busca e apreensão encaminhado pelo Ministério Público Estadual (MPE) ao desembargador José Zuquim, do Tribunal de Justiça, que desencadeou a Operação Bereré, nesta segunda-feira (19).

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

Silval Barbosa/expoagro/acrimat/abertura/Mauro Savi

 Primeiro pagamento de propina teria pago campanha de políticos

De acordo com o documento, o delator Teododo Lopes “Dóia”, ex presidente do Detran, após sua nomeação ao cargo, foi procurado pelo advogado Marcelo da Costa e Silva que o apresentou o empresário Marison Marcos Amaro, representante da FDL. A empresa oferece serviços de registros de contratos junto a autarquia. 

 

Ainda no inquérito, o Ministério Público diz que o advogado Marcelo da Costa teria se comprometido a repassar o dinheiro referente a um mês de pagamento recebido pela FDL do Detran, a Silval e Mauro Savi. “[...] promessa que, depois da efetivação do contrato entre Detran e FDL Fedúcia,  teria sido cumprida pelo repasse, em espécie, do valor de R$ 750 mil para cada um”, diz trecho do documento.

 

Após o valor pago pela empresa, foi realizada a licitação para contratação de empresa para a execução dos contratos. O edital de licitação seguiu modelo de certame realizado no Piauí e foi direcionado para beneficiar a FDL, como consta no documento no MPE.

 

A fim de garantir a continuidade do contrato e recebimento de propinas, Mauro Savi e Silval Barbosa montaram um grupo composto por Eduardo Botelho, o ex-chefe de gabinete do governador, Silvio Cesar Correa, o advogado Marcelo da Costa e Silva, Eduardo da Costa e Silva,  Claudemir dos Santos, Rafael Torres e o próprio Dóia. 

 

A rede foi composta, pelos investigados, para garantir a proteção ao contrato entre a empresa e o Detran para o recebimento de 30%  do valor mensal pago pela FDL. Tal montante, chegava ao grupo por meio da empresa fantasma Santos Treinamento. O investigado, Rafael Torres,  figurava no quadro societário da empresa e ficava com 10% dinheiro repassado pela FDL ao suposto grupo criminoso. Ele foi procurado, para compor o esquema, pelo irmão de Silval, Antonio Barbosa e aceitou a proposta em troca da porcentagem. O restante do “bolo” era encaminhado para os irmãos Barbosa. Apesar da proposta ter sido apresentada por Antonio Barbosa, foi o investigado Claudemir Pereira, que o procurou para assinar o contrato. 

 

Antonio Barbosa confirmou o esquema em sua delação e disse que foi procurado pelo advoga Marcelo Silva, em nome do ex-deputado Pedro Henry. 

 

Em reunião entre Marcelo, Henry e Antonio Barbosa foi tratado do esquema e que, o irmão do ex-chefe do Executivo, sugeriu que fosse buscada uma pessoa de confiança para receber a propina. E essa propina teria que chegar ao ex-governador. 

 

Durante os anos de esquema, a empresa FDL mudou de nome e passou a se chamar EIG Mercados LTDA e teve vários sócios entre eles José Ferreira Gonçalves e Jose Ferreira Gonçalves, posteriormente Roque Anildo Reinhemer, Claudemir Pereira dos Santos, José Eduardo Botelho, Eduardo da Costa e Rafael Torres. 

 

Conforme o documento, durante os anos de contrato a empresa Santos Treinamento teve grade movimentação bancária, porém não tinha sede, nem funcionários, assim como não apresentava relatórios administrativos fatores que caracterizam que seria uma empresa de fantasma usada unicamente para lavagem de dinheiro. Todo o dinheiro recebido pela empresa Santos, era oriundo de pagamentos da FDL. 

 

Leia também

Delator de esquemas no Detran-MT comprou apartamentos com propina

"Farra" no Detran teve início com nomeação de Dóia; confira lista de investigados

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros