O secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos (PSDB), rebateu os argumentos da procuradora da República, Bianca Britto de Araújo, que se posicionou contrária à retomada das obras do VLT - Veículo Leve sobre Trilhos. Para ele, a procuradora "sonegou" a informação de que o valor proposto pelo Ministério Público Estadual (MPE), para concluir a obra, ficou em R$ 920 milhões, só 0,13% (R$1,2 milhão) abaixo dos R$ 922 milhões acordados entre as partes.
"Na coletiva, a procuradora Bianca disse que tanto o MPF, quando o MPE, não chegaram a uma definição de qual valor deveria ficar o acordo. E o documento mostra que o Ministério Público Estadual, que assinou a nota, chegou sim a um valor. Ela [Bianca Brito] sonegou uma informação que ela tinha. Ela sabia que o corpo técnico do MPE comandado pelo engenheiro civil Jhonatan Neri, chegou sim ao valor que nós acordamos", disse o secretário nesta quinta (1) em entrevista à Rádio Capital FM.
Santos disse que está aliviado após a coletiva de imprensa dos MP's. "Estou extremamente satisfeito, feliz. A manifestação do MPE e MPF trouxe algumas verdades importantíssimas para esse processo. Qual a grande dúvida da sociedade no momento em que se apura corrupção pra tudo que é lado? A grande preocupação é se está havendo roubo na questão do VLT. O Governo está conduzindo de maneira honesta e transparente? Ontem o MP nos deu essa resposta”, complementou o secretário.
Wilson Santos também diz que o valor do acordo com o Consórcio VLT de R$ 922 milhões também foram definidos pela empresa de consultoria de KPMG. E que esse valor levou em conta os pagamentos atrasados que o governo Silval Barbosa (PMDB) não cumpriu.
"O Valor que a KPMG chegou no início foi de aproximadamente R$ 630 milhões. Mas ao analisar o que já teria sido feito e que o governo anterior não ter pago essas medições chegamos neste valor de R$ 922 milhões, praticamente igual ao do Ministério Público do Estado", reafirmou.
Entenda a coletiva do MPF
Ontem (31), o MPF e MPE emitiram um parecer contrário ao acordo firmado entre o governo e o consórcio VLT. Segundo os MP's, "Se houver, por parte do Estado, um acordo extrajudicial passando por cima das irregularidades apontadas, teremos que ajuizar outras ações. Cabe ao Estado tomar a escolha política acerca de continuar ou não com esse contrato, desde que o faça de forma regular, porque o Ministério Público vai atuar, qualquer que seja a decisão do Estado”, avisou a procuradora de Justiça Bianca Britto Araújo, do MPF.
Porém, o governo garante que continuará com o acordo para concluir as obras do VLT.
"A posição do nosso governo é continuar o trabalho. Temos respostas para todos os pontos apontados, todos serão confrontados. Por isso
me dá essa tranquilidade. Eu tenho convicção de que pode haver itens que podem ser aperfeiçoados, melhorar, estamos abertos a esse diálogo”, finaliza Wilson Santos.
Composto por duas linhas (Aeroporto - CPA e Coxipó – Porto), com total de 22 quilômetros, o primeiro trecho a ser terminado será do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, até bairro do Porto, em Cuiabá, chegando depois ao bairro do CPA.
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