Requerimento com pedido de cassação de Wellaton é apresentado na Câmara

O vereador Renivaldo Nascimento (PSDB)  leu, na sessão ordinária desta quinta-feira (19), um requerimento pedindo a cassação do vereador Felipe Wellaton (PV). 

Alan Cosme/HiperNoticias

Vereador Felipe Wellaton (PV)

O pedido foi apresentado por um cidadão à Câmara e teria como argumento o fato de o parlamentar ter ingressado com uma ação na Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá questionando o repasse suplementar ao orçamento da Câmara de Vereadores, no valor de R$ 6,7 milhões. 

Na ação, o vereador chegou a insinuar que o repasse teria como objetivo "comprar" o apoio de parlamentares. 

O decreto que suplementou a Câmara foi publicado dois dias após o vereador Marcelo Bussiki (PSB) apresentar o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que iria investigar o vídeo em que Emanuel Pinheiro aparece enchendo os bolsos do paletó com maços de dinheiro quando era deputado estadual. 

O requerimento foi apresentado por Walmir Molina e o presidente da Casa, Justino Malheiros (PV) tem cinco dias para decidir se acata ou não a representação.

Segundo o procurador legislativo da Câmara, Ironides Dias da Cruz, outros dois pedidos foram apresentados, mas não estavam presentes informações básicas para abrir um processo na Comissão de Ética. Caso seja acatado pelo presidente, o parlamentar e o denunciante devem ser ouvidos e a Comissão teria 90 dias para elaborar um relatório. Para cassar o mandato do vereador é necessário votos da maioria absoluta dos parlamentares.

"Ele [o denunciante] alega que houve falta ética e pede apuração. No caso de processo contra vereador, nós temos uma comissão permanente, que é a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. Então o presidente vai despachar para a comissão para tomar as providências de acordo com as regras do processo interno. A base legal é o código de ética da Casa, o regimento interno e a lei orgânica do município", esclareceu.

De acordo com o vereador Felipe Wellaton, o denunciante foi servidor da Prefeitura de Cuiabá em 2015 e apoiou o suplente Ralf Macedo. Walmir não trabalha atualmente na Câmara de Vereadores e nem na Prefeitura de Cuiabá. "A gente não vai se abater. Vamos continuar lutando pela cidade de Cuiabá e fazer o nosso trabalho. Eu não enxergo como perseguição política porque faz parte do mandato. Nós estamos preparados para fazer os enfrentamentos necessários", disse Wellaton.

O parlamentar afirmou também não ter agredido nenhum vereador e que esse tipo de conduta mancha a Casa. Ele ainda acusou o prefeito Emanuel de "colocar digitais" na Câmara dos Vereadores para tirar de si o foco. Wellaton destacou também o grande volume de recursos geridos por Emanuel e o vídeo em que o prefeito aparece fere a moral dele. "Nós estamos fazendo nosso papel de fiscalização. Nosso trabalho é muito mais que legislar. Estamos fazendo um trabalho ordeiro e sério", finalizou.

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