O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), fez questão de registrar seu descontentamento com a decisão da bancada federal de Mato Grosso, que destinou R$ 50 milhões em emendas parlamentares impositivas para o novo pronto-socorro da Capital.
Segundo o peemedebista, o valor é insuficiente para equipar o hospital e pode inviabilizar a prometida inauguração, com funcionamento pleno, no próximo dia 8 de abril, como era esperado.
O gestor afirma que a decisão da bancada foi uma descortesia com principal cidade do estado e demonstra a falta de compromisso dos parlamentares com a população cuiabana.
Emanuel lembra que, no início do ano, havia uma discussão com a bancada e a administração municipal esperava que os deputados e senadores destinassem o total das emendas, cerca de R$ 82 milhões, para equipar o novo pronto-socorro.
“A dúvida estava em mandar o dinheiro para o Estado ou direto para Cuiabá, e também se mandaria em forma de custeio ou se mandaria em forma carimbada, amarrada, destinando a emenda para a aquisição de mobiliário e equipamentos para o novo pronto-socorro da capital”, se queixa.
No entanto, na última terça-feira (17), os parlamentares se reuniram com o chefe da Casa Civil, secretário Max Russi (PSB), e definiram que vão repassar R$ 50 milhões aos municípios de Mato Grosso. A verba deve sair ainda no ano de 2017 e será destinada para Hospitais Regionais do interior.
“Para a minha surpresa, para o meu espanto, a bancada federal se reuniu no dia 17, sem me comunicar, com a presença apenas do secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi, e surpreendentemente decidiram tirar R$ 32 milhões das emendas destinadas a Cuiabá, destinando apenas R$ 50 milhões e dando os outros R$ 50 milhões como custeio para o governo do estado, além de mais 26 milhões para o programa de regularização fundiária. Então, com isso, coloca-se em risco a inauguração do Pronto-Socorro”, lamenta o prefeito.
O prefeito ainda aproveitou a oportunidade para criticar o governo estadual, sob Pedro Taques (PSDB). Lembrou da dificuldade que o tucano enfrenta na gestão financeira, sobretudo para quitar compromissos.
“Eles alegam que os R$ 32 milhões que eles retiraram de emenda para Cuiabá, para o equipamento do novo pronto-socorro, o governo vai repassar para a Capital em forma de convênio. Pelo amor de Deus! Todos sabemos das imensas dificuldades que o governo está passando. Existe uma dificuldade enorme do governo de cumprir os repasses de verbas ordinárias, muito menores, na área da Saúde e em outras áreas. Como é que o governo, que acaba de receber R$ 50 milhões para o custeio, para resolver um problema deles, vai repassar R$ 30 milhões para Cuiabá? Como vai ter condições?”, questiona o Executivo.
Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi, as medidas de austeridade adotadas pela gestão reduziram a dívida com os municípios, porém, o governo ainda precisa de apoio para fechar o ano com os repasses em dia. Segundo o secretário, a emenda é uma forma de garantir recursos para amenizar a crise na saúde ainda neste ano.
Durante a reunião com a bancada, Russi obteve a confirmação de R$ 26 milhões que foram indicados pela bancada para programa de regularização fundiária, além da emenda para o novo Pronto-Socorro de Cuiabá. Para totalizar os R$ 80 milhões para compra de equipamentos, o governo deverá firmar convênio com a Prefeitura de Cuiabá para repassar R$ 30 milhões, além do investimento de 50 milhões para a construção da unidade de saúde.
Em junho deste ano, o governador Pedro Taques apresentou à bancada os números da saúde e pediu apoio para solucionar a crise financeira que gerou um déficit de R$ 162 milhões na área. “Esse é um assunto que tratamos com toda a prioridade e que só iremos resolver com a ajuda de todos. Tenho certeza que podemos contar com os deputados e senadores para o enfrentamento desse desafio que é melhorar a saúde”, afirmou Taques.
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