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Política Quinta-feira, 31 de Agosto de 2017, 07:52 - A | A

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Quinta-feira, 31 de Agosto de 2017, 07h:52 - A | A

DEFESA NA TRIBUNA

"Meu pai jamais faria isso", diz deputada sobre plano de morte delatado por Toninho

RENAN MARCEL

A deputada estadual Janaina Riva (PMDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão vespertina dessa quarta-feira (30), para sair em defesa do seu pai, o ex-deputado José Geraldo Riva (sem partido), que foi acusado de tramar um plano contra a vida do deputado estadual Mauro Savi (PSB) e também do irmão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Antônio da Cunha Barbosa Filho.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

janaina riva

 Deputada Janaina negou que seu pai tenha tramado morte de alguém

O suposto plano foi revelado na delação premiada do próprio Antônio Barbosa, homologada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). A trama ainda incluía um falso atentado contra a vida do próprio Riva, supostamente arquitetado por ele mesmo, para demonstrar que o ex-parlamentar corria perigo de vida, por saber demais. Para dar mais gravidade ao caso, até mesmo a morte do motorista de Riva não estava descartada, segundo a delação.

 

Janaína negou a acusação. "Eu não tenho vergonha de ter o pai que eu tenho. Chamar meu pai de assassino, não. Aí não! Nossa família é temente a Deus. Meu pai jamais faria isso. Nossos ex-motoristas têm nome e estão ai para dizerem como eles eram tratados na minha casa. Meu pai preferia que matassem ele mil vezes que qualquer funcionário nosso e é assim até hoje. Quem conhece o Riva sabe o ser humano que ele é. Cometeu seus erros? Cometeu. Vai pagar por eles e está disposto a pagar. Mas não vem imputar ao meu pai um crime tão espúrio como esse", disse, exaltada.

 

A história contada por Toninho, como é conhecido o irmão de Silval, foi confirmada pelo governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), na manhã dessa quarta-feira. Segundo o tucano, o deputado Mauro Savi procurou o governador, em abril deste ano para contar sobre o suposto plano de Riva. Antes disso, Savi compartilhou a história com Toninho. Em depoimento, o irmão de Silval disse que Mauro Savi o teria procurado, informando que recebeu mensagens, pelo aplicativo WhatsApp, de uma pessoa desconhecida, que dizia que tinham um amigo em comum.

 

Disse, também, que, há cinco anos, o deputado o teria ajudado, por meio de um advogado que o tirou da cadeia. Essa pessoa falava, ainda, que havia recebido uma encomenda para “simular um atentado contra o senhor José Riva, ex-deputado estadual, e que teria sido contratada pelo próprio José Riva”.

 

Toninho Barbosa diz que chegou a ler as mensagens no celular de Savi e que a pessoa chegou a receber parte do dinheiro para executar o serviço. “Que essa mesma pessoa narrou a Savi, ainda, que Riva teria dito que, se fosse preciso, era para matar o motorista e jogar a culpa nas pessoas do declarante (Antônio), Silval, Savi, Maluf e Fabris”, diz trecho da delação do irmão do ex-governador.

 

Ainda segundo Toninho, Mauro Savi procurou o governador do Estado, que, imediatamente, chamou o secretário de Segurança Rogers Jarbas, que iniciou um processo de investigação telefônica, o que foi confirmado por Pedro Taques.

 

"Isso é fato, sim. Eu fui procurado pelo deputado Mauro Savi, isso é fato. Imediatamente chamei o secretário de Segurança (Rogers Jarbas) e está tudo documentado. O secretário de Segurança vai mostrar para vocês todos os documentos”, disse Taques nesta quarta-feira (30), em entrevista coletiva à imprensa. Os documentos citados, que incriminariam Riva, no entanto, não foram apresentados. Porém, o irmão de Silval ainda anexou em seu depoimento mensagens de uma terceira pessoa, que enviou conversas mostrando a ordem para matá-lo, que teria partido de José Riva. 

 

Uma das mensagens dizia: “Chefe, a ordem é passar fogo nesse sujeito”, “olha a foto e veja quem é, se é dos meus”, e, em seguida, uma foto de Toninho.

 

“Ele está desesperado e é capaz de fazer qualquer coisa. Só não entendi o porquê do seu nome na lista que tive acesso”, teria prosseguido o remetente, ainda em referência a Riva.

 

No dia do depoimento, Toninho alegou que continuou recebendo os prints de conversa entre um contato salvo como “José Riva” e um interlocutor desconhecido. A seguir, a seguinte conversa é narrada por ele:

 

 

José Riva: “Precisamos conversar sobre o ex-governador e seu irmão e o Mauro e preciso antes de sair da cadeia.

 

Interlocutor: “É sobre aquele assunto? Perfeitamente, estamos aguardando seu sim”.

 

Na sequência, o tal José Riva e o contato acertaram que “Ricardinho” estaria pronto para atuar e fizeram menções a armas, “uma .40 e 2 380”. 

 

Como resposta, o interlocutor disse: “Fechado. Em relação ao irmão do ex-governador é pra sentar chumbo nele, é isso. Tenho aqui toda a relação de onde ele anda, o que faz, aonde vai a família, vou seguir o combinado”. Por fim, o tal Riva respondeu: “Se ele desconfiar, acerta ele, senão depois será mais difícil. O Mauro, bem. Também”.

 

No final de seu depoimento, Antônio Barbosa disse temer por sua vida e de seu irmão, que, à época, estava preso no Centro de Custódia de Cuiabá, porque Silval “sabe demais”.

 

Outro lado - A defesa do ex-deputado José Riva emitiu nota alegando que o ex-parlamentar nunca procurou outras pessoas para atentar contra a íntegridade física ou moral de outras pessoas.

 

Veja a nota na íntegra:

 

“Em virtude da matéria jornalística veiculada pela mídia local acerca de eventuais ilicitudes praticadas contra a vida de terceiros, a defesa de José Riva vem a público esclarecer que a integralidade de todas as conversas mantidas por meio do aplicativo Whatsapp, notadamente daquelas em que lhe foram oferecidos serviços escusos e ilegais, foram entregues em tempo real às autoridades e são objeto de investigação sigilosa por parte do Ministério Público de Mato Grosso.

 

De toda sorte, em benéfico da ênfase, esclarece que jamais manteve qualquer tipo de contato com terceiros que envolvesse a integridade física ou moral de qualquer pessoa, nem mesmo através de ação controlada pelos órgãos investigativos do Estado do Mato Grosso".

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