O governador Mauro Mendes (União Brasil) rebateu o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que desonerou o Legislativo da responsabilidade de manter presos os dois acusados de transportar 420 quilos de cocaína e maconha em Mato Grosso. Mauro disse que o Judiciário cumpre as leis estabelecidas no Congresso Nacional e provocou Pacheco a promover "leis inteligentes".
"Discordo. Entretando, reconheço que o Congresso Nacional tem feito algo, como a Justiça tem feito algo. Todo mundo nesse país tem feito algo que se fala comumente, 'fazemos o que é possível fazer'. Mas é momento de fazermos o que é necessário fazer. Temos que ter coragem de entender que a criminalidade está aumentando", disparou o governador nesta quarta-feira (24).
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Tramita no Congresso um pacote de leis proposto pela senadora Margareth Buzetti (PSD) para endurecer penas de crimes promovidos contra mulheres, casos que têm se multiplicado em Mato Grosso. Mas o Estado também tem outro pleito, o da estadualização das leis penais. Essa pauta já foi discutida com Pacheco, porém, ainda não houve nenhum aceno do presidente do Senado.
"Está chegando o momento de fazermos algo diferente e isso tem que ser feito pelo Congresso Nacional. A Justiça se move em cima das leis brasileiras. Se o juiz está soltando indevidamente, pode ser um problema da Corregedoria, mas pode ter leis que penalizem de forma mais austera aqueles que descumprirem, seja em que âmbito for na nossa legislação. Entendo que o Congresso pode fazer grandes e necessárias mudanças e prozudir qualidades de leis, leis mais inteligentes", falou Mauro Mendes.
CRIMINOSOS NÃO TERÃO "VIDA FÁCIL", DIZ GOVERNADOR
Após vir à tona o caso de Paulo Witer Farias, o 'WT', o governador retomou o discurso enfático contra a atuação do Comando Vermelho. Ele disse que as forças de segurança mato-grossense estão empenhadas em combatê-los, assim como todas as modalidades de crime que tentam prosperar nos municípíos.
"O governo está priorizando combater todos os tipos de crime. Nenhum criminoso vai ter vida fácil aqui, seja ele de organização criminosa, seja ele de colarinho branco, crime de sonegação, invasão de terra. O governo está disposto a fazer o que for necessário fazer para dar segurança aos mato-grossenses", finalizou.
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