Ezequiel culpa imprensa e momento do país por derrota nas eleições

O deputado federal Ezequiel Fonseca (PP), que não conseguiu se reeleger nas eleições do último dia 7, avaliou que o momento atual que o país vive e a repercussão na imprensa do vídeo no qual aparece recebendo dinheiro que seria, supostamente, de propina durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa foram cruciais para a sua derrota.

Alan Cosme/HiperNoticias

Ezequiel não conseguiu se reeleger no último dia 7

Em entrevista à rádio Capital nesta terça-feira (16), Ezequiel afirmou que mesmo o fato de ter conseguido R$ 400 milhões em recursos para diversos municípios do estado não foram suficientes para a sua reeleição. No entanto, ele avalia que o PP, partido que ele é presidente estadual, saiu-se bem no pleito deste ano, com as vitórias de Paulo Araújo para a Assembleia Legislativa, e de Neri Geller para a Câmara dos Deputados, em Brasília.

"Saímos maiores do que entramos. Elegemos um deputado estadual e um federal. O partido cresceu. Nossa reeleição não conseguimos porque entendo que o momento que o Brasil está passando, aliado a problemas que tivemos, resultou na nossa derrota, apesar de termos serviços prestados por Mato Grosso. Foram quase R$ 400 milhões em recursos encaminhados aos municípios. Estamos tranquilos. Cumprimos com nossos compromissos", afirmou.

Para Ezequiel, o episódio no qual aparece em um vídeo recebendo dinheiro que seria supostamente de uma propina relativa ao programa MT Integrado das mãos de Silvio Cezar Correa, ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, em uma caixa de papelão, foram determinantes para a sua derrota. Ele lamentou, no entanto, até hoje não ter sido ouvido sobre o caso, seja pela Polícia Federal ou pela Justiça.

"O vídeo prejudicou muito, tendo em vista que até hoje não fui ouvido pela Polícia Federal e nenhum juízo. A mídia me pegou e colocou como sendo ator principal de todo esse episódio. É lógico que isso acaba atrapalhando. Estou tranquilo e saí candidato pelos meus serviços prestados e minha tranquilidade de que provarei tudo isso no momento certo, mas já paguei o que tinha que pagar, como candidato, perdendo as eleições", avaliou. 

O deputado federal, que permanece no cargo até o dia 31 de janeiro de 2019, se considerou injustiçado e destacou que trabalhava "24 horas em pról de Mato Grosso". No entanto, Ezequiel isentou o senador licenciado e ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) de qualquer culpa no resultado. O ex-governador não participou ativamente da corrida eleitoral deste ano e nem tentou a reeleição. Segundo o parlamentar, o maior vilão de sua derrota foi a imprensa.

"Foi uma eleição atípica e o Blairo sempre ajudou. É um momento novo que o país está passando. Não foi apenas o Ezequiel Fonseca que perdeu, apesar de ter sido o único que a imprensa mais lembrou nestes últimos tempos. Vários perderam. Espero que agora a imprensa possa fazer diferente, pois já fez tudo que podia para acabar com a minha candidatura, colocando que eu era o único cidadão mato-grossense que quebrou Mato Grosso e fez todas as falcatruas possíveis. No momento certo, vamos responder à Justiça", completou.

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