O presidente estadual do PSDB, Paulo Borges, afirmou que a sigla em Mato Grosso, lançando mão de muito diálogo, está no processo de "construção da paz". A declaração faz referência a crise que se instalou no partido depois que o nome do deputado federal Nilson Leitão recebeu o aval da maioria da Executiva para disputar o Senado nas eleições deste ano.
A situação deixou o governador Pedro Taques (PSDB) desconfortável, por considerar que a estratégia poderia representar dificuldades de composição do arco de aliança visando seu projeto à reeleição. O tucano teria cogitado, inclusive, deixar a legenda pelo descontentamento.
"Estamos construindo a paz. Na verdade, o PSDB nunca foi fácil. Em nível nacional tem uma disputa interna, mas no Estado estamos bem, tranquilos. Nesse momento houve muita conversa, muito ruído. Mas internamente estamos conversando e nos entendendo no projeto maior que é a eleição de 2018".
Borges foi eleito para presidir a legenda em meio a esta crise e recebeu a missão de apaziguar os ânimos.
"O ruído está maior do que realmente acontece. Problemas existem. Em todo partido temos opiniões diversas, opiniões contrárias, mas o importante é que o partido está conversando, estamos contruindo essa unidade através do diálogo e está fluindo bem. Estamos dialogando muito com o governador Pedro Taques, com o deputado Nilson Leitão, tenho certeza de que de agora para frente vai dar uma baixada nesses ruídos".
O presidente estadual do PSDB afirmou que com a superação do episódio, o momento exige atenção total a gestão de Pedro Taques, assegurando a conclusão do mandato com objetivos atingidos. "Vamos focar na gestão do governador. Ele precisa melhorar os números do Estado, todos sabemos da dificuldade que ele pegou Mato Grosso".
Embora o projeto de Nilson Leitão tenha incomodado Taques, Borges afirma que a candidatura está mantida. "Todos unidos sairemos maior, o partido tem essa consciência. Somando as forças do pleito legítimo à reeleição do governador Pedro Taques, ao pleito de Nilson Leitão, deputado que se destacou, tem capilaridade para isso, a exemplo de eleições em que houve êxito esse casamento".
O governo Taques, até o momento, conta com o apoio de partidos como o PP, PSD e DEM que também querem espaço na majoritária nas eleições que se aproximam. O fato de o PSDB requerer a ocupação de duas vagas majoritárias, com Taques saindo ao Governo e Leitão ao Senado, pode fazer com que alguma dessas siglas de afaste, uma vez que restariam apenas uma vaga ao Senado e a vice para indicações.
Tanto o DEM como o PSD já anunciaram que não aceitam mais a condição de siglas coadjuvantes no processo eleitoral de 2018. E o PP não abre mão do projeto de reeleição de Blairo Maggi ao Senado.
Boato
Sobre a informação de que Nilson Leitão poderia disputar prévias com o governador Pedro Taques por ter interesse em disputar o governo do Estado, Borges afirmou que nunca foi comunicado por Leitão sobre essa possibilidade. Reafirmou que o projeto do deputado federal é sair candidato ao Senado.
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