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Política Segunda-feira, 22 de Agosto de 2016, 17:05 - A | A

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Segunda-feira, 22 de Agosto de 2016, 17h:05 - A | A

ÚNICA MULHER NA DISPUTA

"Em respeito ao povo preciso que termine o VLT e nós vamos instalar o BRT", diz Serys

PABLO RODRIGO

Deputada estadual por três mandatos, a primeira mulher de Mato Grosso eleita senadora da República em 2002, Serys Slhessarenko (PRB) disputará pela terceira vez a prefeitura de Cuiabá. Nas disputas anteriores, pelo PV em 1988, e em 2000 pelo PT.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

serys slhessarenko/2016

Serys Slhessarenko disputa pela terceira vez a prefeitura de Cuiabá

Com uma atuação voltada à educação, ninguém imaginaria que Serys entrou na escola apenas com 12 anos de idade, por conta de um problema de saúde que a deixou paralisada nos primeiros anos de vida.

 

Como candidata, defende uma auditoria geral no primeiro dia de gestão caso seja eleita. Promete atuar à conclusão do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e implantar o BRT. Serys também defende a municipalização dos serviços de água e esgoto, rompendo definitivamente com a CAB Cuiabá.

 

A ex-senadora também aposta na questão ética para vencer as eleições e lembra que a lei da delação premiada é de sua autoria.

 

Em fevereiro passado, a ex-senadora sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), não hemorrágico. Ela se mostra recuperada para o embate nas urnas. 

 

 

Nome - Serys Marli Slhessarenko

Idade - 71 anos Nascimento - 2 de abril de 1945

Formação - Pedagoga, mestre em Educação e advogada

Natural de Cruz Alta - RS

Chegou em Cuiabá com 21 anos

Tem quatro filhos e seis netos

Filiações partidárias - PV - PT - PTB e PRB

 

HiperNotícias - Como será a sua campanha após o problema de saúde que a senhora passou recentemente?

 

Serys Slhessarenko - Estou super liberada. Foi uma questão de Deus. O que ocorreu foi grave, mas totalmente superado e liberada pelos meus médicos. Não ficou nenhuma sequela.

 

Hiper - A senhora ajudou a construir o PT em Mato Grosso. E recentemente, mais uma vez, mudou de partido. Como está a Serys pós-PT?

 

Serys - A Serys continua a mesma. Com disposição, com as mesmas convicções, em defesa dos humildes, a mesma ideologia. Em todos os partidos que andei não mudei aquilo que defendia. Eu militei quase 24 anos no PT e todos os meus mandatos foram pelo PT. Infelizmente quando o PT se perdeu, fez bobagem, entrou no processo de corrupção, eu sai. Tive que sair. Quando percebi o que estava acontecendo, pedi desfiliação o mais rápido possível. E comigo aqui em Cuiabá saíram mais 400 militantes. Depois fui para o PTB por um entendimento de algumas forças que eu tinha que ser candidata ao Senado, mas de repente algo estranho aconteceu, fiquei de fora, acordos estranhos ocorreram e não fui candidata. Logo pedi licença do PTB e depois sai do partido. E antes de sair do PT já tinha uma conversa com o PRB por causa de amigos e um amigo que tenho que é o Crivela (senador Marcelo Crivela).

 

Hiper - Como está sendo as primeiras impressões em relação à nova legislação eleitoral?.

Serys - Eu digo que mudou pra melhor, mas é preciso mudar muito mais. Só o fato de proibir doações empresariais é uma vitória da sociedade. Isso evita as grandes negociatas, muitas vezes, quase que extorquindo as empresas, espero que isso tenha acabado e que iniba o caixa 2. A redução do tempo de campanha também acho positiva, os gastos vão diminuir. Três aspectos vão se destacar à população: primeiro a questão ética, o povo está atento a isso. Os meios de comunicação vêm informando muito à sociedade. Então, etica é a primeira questão, não se compra, não se aluga, tem não tem. E para o cidadão ver se o candidato tem ética ou não é só ver a história do candidato. Se você nunca teve cargo público e não tem nenhuma denuncia tudo bem, isso é comum. Agora uma pessoa que teve 20 anos de cargo público, não tem uma denuncia do Ministério Público é porque tem ética. E eu tenho ético. Não existe nenhuma denuncia contra mim, nenhuma investigação contra mim.

E se eu tivesse problema, não teria feito a lei do Colarinho branco, com a delação premiada. Que é a lei que tá dando fundamento grande para as investigações do juiz Sérgio Moro. Não sei se a população de Mato Grosso e de Cuiabá sabe, mas a lei da delação premiada é de minha autoria. Tem muita gente desgostosa comigo por outras bandas.

Alan Cosme/HiperNoticias

serys slhessarenko/2016

Candidata à prefeitura, Serys promete auditoria, caso seja eleita

 

Hiper - A senhora fala isso por conta do PT ser o partido que mais foi atingido na Lava Jato.

Serys - Sim. Seja o partido que eu militei ou não, seja primo, vizinho, amigo. Se fez coisa errada, tem que ser punido dentro da lei e devolver os recursos. Não adianta só ser punido e não devolver o que pegou. Delação premiada é diferente de depoimento. Depoimento é uma coisa, tem muita gente dando depoimento, agora, delação premiada é muito mais profunda. Sem a delação premiada jamais ficaríamos sabendo quem fez a corrupção, quem ajudou, como fizeram. E isso dará uma redução de pena para quem fizer a delação.

 

Hiper - Cuiabá está prestes a completar 300 anos. Na sua opinião, qual é o principal desafio para a cidade?

Serys - É ter uma Cuiabá com autoridade na prefeitura para cuidar de gente. Uma prefeitura que goste de gente, que tenha cheiro de gente, que chame a população para escutar o que está bom, o que está ruim, o que precisa ser mudado e feito. Realmente precisamos de uma prefeitura que só pense em gente. Eu quero cuidar de gente. Mas o que é cuidar de gente? Cuidar de gente é ouvi-las. É cuidar das pessoas que estão na porta do pronto-socorro, chorando desesperadas pelo atendimento. Eu quero ouvir os enfermeiros e médicos que dizem que querem ter melhores condições de trabalho para atender os pacientes. Eu não quero, na Cuiabá de 300 anos, ter escolas que simplesmente passam os estudantes sem saber nada ou muito pouco. Eu quero que tenha uma escola que realmente possa dizer que os estudantes que estão sendo aprovados, aprenderam. Por isso, quando assumirmos a prefeitura, vamos realizar uma auditoria completa em todas as áreas para saber o que funciona e o que não está funcionando para a partir daí começar a implementar o nosso plano de governo em todos  os setores para aprofundar o trabalho para superarmos os problemas. Enfim, Cuiabá precisa de políticas públicas para quem precisa de políticas públicas. Porque tem pessoas que não precisam de políticas públicas com a mesma intensidade que muitas pessoas humildes precisam.

 

Hiper - A senhora como educadora e ex-secretária de Educação, como analisa a questão da escola ciclada?

 

Serys - A escola ciclada por si só, pode ser boa, mas do jeito que está não é. Está em dificuldade. Porque em primeiro lugar os profissionais precisam estar muito preparados para atuar no ciclo. Por outro lado, ela não pode ser avaliada por si só. Temos que conhecer o processo todo. Ela será ruim se estiver aprovando os estudantes sem ter conhecimentos. Então temos que ter metas e cumpri-las, mas também temos que ter profissionais preparados para isso. Toda a escola tem que está em função das metas. As crianças têm que chegar em cada etapa do ciclo, sabendo tudo o que foi proposto. Não pode fazer de conta que aprendeu e passar. A meta principal é fazer a criança aprender. É um debate sério e precisamos enfrentar isso pra valer, com toda sociedade envolvida nisso.

 

Hiper - O que pode ser efetivamente realizado para resolver o problema do Pronto-Socorro de Cuiabá?

Serys - Não podemos prometer, temos que fazer acontecer. Não adianta nada eu prometer construir um novo pronto-socorro e daqui a quatro anos não está pronto e não ter feito nada para aliviar a dor. A  dor da doença é inadiável, ela não tem prazo e não dá pra esperar. É só irmos na ala vermelha do pronto-socorro para constatar isso. Que horror é aquilo, é assustador. Então, antes de tudo precisamos cuidar das questões sistêmicas. Temos que cuidar da nossa água, que ela é vida. Temos que cuidar do lixo que também é uma questão de saúde pública, do saneamento básico, porque esgoto também é questão de saúde, do trânsito, da violência. Tudo isso recai na saúde. Não adianta apenas dizer que vai construir hospitais e que resolverá o problema da saúde porque não vai. Precisamos focar na atenção básica e nas questões que antecedem isso, como disse, água tratada, saneamento básico, bairros e cidade limpa, trânsito seguro, cidade segura, valorizar os enfermeiros, os médicos, os assistentes sociais, os agentes de saúde que estão indo nas casas das pessoas. Sem isso complica.

 

Hiper - E o que a senhora promete e que pode ser cumprido nos primeiros 100 dias de sua gestão na questão da saúde pública?

Serys - É muito difícil colocar prazo e data. Sei disso porque teve gente que prometeu fazer hospital em um ano e já se passaram quatro anos e não está nem na metade, mas a primeira coisa que faremos é uma auditoria em cada setor da saúde, rápido e objetivo para identificarmos onde está os gargalhos que podemos superar de imediato. E isso será feito através de uma discussão com as categorias daqueles setores identificados. Vamos chamar os sindicatos dos médicos, dos enfermeiros, as associações, os agentes de saúde, todos, enfim, para escutarmos o que tem que ser feito e que pode ser feito.

Eu sempre digo que se a saúde tiver dinheiro, boa vontade, boa gestão e a participação daqueles que sofrem as consequências da saúde, a gente pode superar as dificuldades em um curto tempo.

 

Hiper – Na sua gestão, qual destino será dado para a CAB? Na questão política e administrativa?

Serys - Eu defendo que a primeira coisa a ser feita é que ela volte para a gestão do município. Sob uma administração muito séria e capaz. Vamos municipaliza-la novamente. Agora temos também que ter uma leitura muito mais profunda para saber o porquê que ela não está funcionando. O que aconteceu? Por que ela foi privatizada? Por que ela está sob intervenção? Por que só agora teve intervenção? É até esquisito isso, a intervenção é só até outubro. Ou seja, acaba a intervenção e vão fazer o que? Vão fazer uma nova licitação? Com que compromissos? Então essas coisas têm que ser colocada às claras. Por que água é vida?

 

Hiper - A senhora defende a continuidade das obras do VLT. O que será feito na sua gestão?

Serys - No primeiro dia como prefeita é iniciar uma pressão diária no governo do Estado para que termine o VLT. Nós não podemos deixar enterrado o nosso dinheiro ali. Mais de R$ 1 bilhão que saíram dos nossos bolsos. Ele não é ideal, ele não devia ter nascido, não precisava nada disso, esses gastos. Mas já que iniciou, que seja concluído em respeito à população de Cuiabá e Várzea Grande. Em respeito ao povo que termine o VLT. E nós vamos instalar o BRT a partir de determinados pontos da cidade, a partir da linha do VLT. O BRT, com pouco dinheiro e arranjo, podemos implantar que é rápido e fácil. Mas para isso é preciso terminar o VLT. O BRT não é caro. Quanto ao transporte público atual, é um absurdo. É de péssima de qualidade. Nós temos propostas boas para essa área, como sustentabilidade, o valor, temos estudos que vai trazer muita surpresa para a população.

 

Hiper - E as propostas para o Centro Histórico de Cuiabá? Não era uma fonte para turismo?

 

Serys - Nós queremos revitalizar, começar pelo Porto, a nossa região portuária, porque assim você também chama a atenção para o Rio Cuiabá, assim como o nosso Centro Histórico. Para que o povo possa usufruir da nossa cidade, das nossas manifestações culturais. Para que o povo possa curtir a cidade no Porto e no Centro Histórico. O Mercado Municipal mesmo poderia ser a nossa principal fonte de turismo. O mercado municipal é uma joia rara, onde o comércio da nossa culinária e o turismo poderia estar presente ali.

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Zé Guaporé 23/08/2016

VLT depois BRT? Dois modais para que? Por que? Para onde? Ou um, ou outro senhora! Não existe nem espaço nos corredores urbanos de Cuiabá e Varzea Grande para implantar dois modais. Essa é a prova que essa senhora não pensa, não calcula, não imagina, muito menos vislumbra de longa distância algo positivo para Cuiabá!

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Carlos Nunes 22/08/2016

Ih! Pegadinha de VLT de novo não vale. O VLT já foi desmascarado de todas as formas possíveis, nas infindáveis matérias dos próprios sites, mas é bom repeti-las de novo pra quem ainda não sabe: 1) o especialista em VLT, Dr. Ruy Ohtake, aqui mesmo em Cuiabá, percorrendo todo o trecho do VLT, disse que...para fazer essa obra BEM FEITA vai demorar mais de 4 anos. BEM FEITA custa caro, é demorado e é difícil de fazer...tudo começa com um Estudo Geológico sério de todo trecho, pois a cada tipo de solo tem que fazer um tipo específico de ALICERCE, senão o negócio afunda em pouco tempo; composições pesadas do VLT, cheias de passageiros, passarão no mesmo lugar, 24 horas por dia, 365 dias por ano. 2) Cuiabá tem, segundo o IBGE, uma população estimada de 580 Mil habitantes, o que daria uma demanda insuficiente pró VLT ainda; composições articuladas do VLT transportarão 400 passageiros cada vez; se tiver 5 composições articuladas dá pra transportar 2 mil pessoas cada vez...não tem 2 mil pessoas cada vez nas Estações do VLT. 3) quando o VLT estiver funcionando a todo vapor (composições, Estações) vai consumir de energia elétrica o que consome uma cidade com 90 mil habitantes. 4) o ex-secretário da Secopa, Maurício Guimarães, finalmente admitiu que o VLT dá prejuízo...disse que o VLT do Porto em Portugal, que inspirou o VLT daqui, dá anualmente ao governo português um prejuízo de 1 Bilhão de reais. Parece que, quando o Silval comprou as composições do VLT, já sabia que dava prejuízo por lá. Todas essas informações foram ventiladas nos sites daqui: hipernoticias, rdnews, olhardireto, issoenoticia, midianews, com todos os detalhes, exaustivamente...opinião do Dr. Ruy Ohtake, demanda insuficiente, cidade com 90 mil habitantes, depoimento do ex-secretário da Secopa. E tem muito mais informações, até que um deputado amante do VLT, queria mudar a Constituição de MT, para tornar o VLT um direito constitucional. Essa pegou na veia, deu até pra desconfiar - pra quem ele fez compromisso, e esse alguém está cobrando agora?

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