A proposta da Reforma Trabalhista deve entrar na pauta de votação no Senado na próxima terça-feira (11). As alterações apresentadas têm sido tratada com repúdio pela classe trabalhadora e o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, lembra os “sacrifícios” para a conquista dos direitos e a união para que sejam mantidos.
Em Mato Grosso, desde o ano passado os funcionários públicos vêm travando luta constante para recebimento de perdas salarias, por concursos, e melhores condições de trabalho, além de realizar atos contra a reforma proposta pelo Executivo Federal.
“É importante que o funcionalismo público para a sociedade. Porque quando é preciso um hospital, a polícia , o Judiciário pe servidor é o contato dereto com o povo. Se ele não tiver boas condições de trabalho e um salário digno, não vai poder dar o atendimento que a população merece”, ressalta o sindicalista.
Neto ressalta que os trabalhadores, ainda, não têm consciência de união e do trabalho sindical. Ressalta que os direitos conquistados nos últimos 50 anos não tiveram engajamento na conquista. “Para se ter oito horas de jornada morreram muitas pessoas. O dia 8 de março foi fruto de uma indignação do mundo contra o assassinato de 120 mulheres. O primeiro de maio também é fruto de uma luta nos Estados Unidos , depois de uma greve longa, oito companheiros foram condenados à forca. A luta da classe operaria para a conquista dos direitos, no mundo, foi de muito sangue , suor e lágrimas”, ressalta o presidente.
O sindicalista ainda reforça que é preciso esclarecer aos trabalhadores que o que está sendo difundido como um benefício, na verdade, não condiz com a realizada. “Dizem que a reforma é para gerar emprego e que a CLT está atrapalhando. Mas se pegarmos há quatro anos atrás vivíamos em pleno emprego com a mesma CLT”, pontua.
Nos últimos 12 anos forma gerados mais de 25 milhões de empregos, antes da crise e o problema não é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas a concentração de renda, como explica Antonio Neto. “É claro que toda essa crise moral e ética que vive o Brasil, que está fazendo como que todo mundo fique assustado e enojado. O povo está ficando cansado. Precisamos convencê-los a estarem engajados na luta pelos seus diretos”, assevera. “O sindicato é um instrumento de organização e luta dos trabalhadores”, completa.
Mesmo com os diretos garantidos por lei, muitos trabalhadores abrem mão daquilo que lhes é assegurado. “Quando se tem um exército de 14 milhões de desempregados o trabalhador faz qualquer coisa para manter seu trabalho”, lementa.
A reforma muda a relação entre patrões e empregados. O projeto prevê, por exemplo, que os acordos coletivos sejam levados como lei. Também acaba com a obrigatoriedade da contribuição sindical e permite a flexibilização de contratos de trabalho. Direitos constitucionais, como o 13.º salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e salário mínimo, estão preservados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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