“É preciso acabar com esse sistema da saúde em Cuiabá”, declara o vereador Abílio Júnior (PSC) sobre as fraudes investigadas na “Operação Sangria”, deflagrada pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). A ação realizada na manhã desta terça-feira (18), em Cuiabá, prendeu o ex-secretário de Saúde do município, Huark Douglas Correia e outras seis pessoas.
De acordo com a Defaz, a ação apura irregularidades em contratos de prestação de serviços médicos hospitalares firmados com Cuiabá e o Estado de Mato Grosso. A ação teve início após o parlamentar, que é presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), denunciar as irregularidades identificadas pela comissão.
À reportagem, Abílio disse que a atual forma de gestão da Secretaria municipal de Saúde deve ser extinta.
“Nós recebemos essas informações com muito cuidado, com muita atenção buscando contribuir ao máximo com a Defaz, com o Ministério Público Estadual, o Tribunal de Contas e todo tipo de investigação. É preciso acabar com esse sistema da saúde, porque, senão, haja dinheiro para sustentar todo esse sistema em Cuiabá”, disse o parlamentar.
Conforme o delegado responsável pela operação, Lindomar Aparecido Tófoli, o ex-secretário foi preso por atrapalhar as investigações. Após a primeira fase da operação, deflagrada em 4 de dezembro, Huark pediu exoneração do cargo e foi desligado do cargo, no dia seguinte. Porém, segundo a autoridade policial, mesmo longe da secretaria, ele conseguia obstruir o trabalho policial.
“O projeto não era apenas o Huark, ele era desenvolvido por meio de uma série de pessoas. Ao sair da secretaria, ele deixou algumas pessoas responsáveis para continuar o trabalho que ele havia iniciado. Tem um recurso do governo Federal aplicado no novo Pronto Socorro. A pressão para colocar a Empresa Cuiabana para fazer a fiscalização da nova unidade está em plena atividade”, disse Abílio.
Além de Huark, foram presos Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali e Luciano Correa Ribeiro. Todos estão sendo levados para a Defaz.
A operação, oriunda de investigação da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), é desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Estado.
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