O vereador Toninho de Souza (PSD) criticou a decisão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), de devolver os pacientes do interior para suas respectivas cidades. A decisão faz parte de um pacote de ‘choque de gestão’ de Emanuel para amenizar a crise na saúde municipal e foi anunciada na última sexta-feira (10), em entrevista coletiva, pelo gestor municipal.
Alan Cosme/HiperNoticias
“Essa medida não tem nada de humanização. Pelo contrário, é um ato desumano contra a população que sempre dependeu do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá e é um ato também de discriminação. Por isso, nós nos posicionamos e aguardamos uma mudança do posicionamento do prefeito”, afirmou Toninho de Souza.
No decreto baixado pelo Executivo Municipal, também prevê a vinda de pacientes de outras cidades apenas quando aprovada pela Central de Regulação do Município. Ainda foi criado um Comitê de Crise da Saúde Municipal, o qual iria realizar um levantamento dos pacientes espalhados pelos corredores da Unidade de Saúde e providenciar a devolução deles.
“Eu acho que essa é uma medida equivocada da Prefeitura, porque o SUS parte do princípio que ele é universal. Isso significa que o paciente tem o direito de ser atendido onde lhe convém e onde ele é atendido o pagamento é feito pelo Sistema Único de Saúde. Essa medida não tem nada de humanização”, criticou o parlamentar.
O Comitê criado será presidido pelo prefeito e terá como atribuição gerir as ações da saúde pública até o Governo do Estado regularizar os repasses para o setor. A dívida de MT com o município de Cuiabá é de R$ 52,7 milhões. Emanuel determinou também a ocupação de todos os leitos do Hospital São Benedito com pacientes advindos do Pronto Socorro.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
pedro paulo 17/11/2017
Não deve devolver o paciente! porém deve-se identificar a origem do paciente através do encaminhamento, depois quantificar os valores gastos com o mesmo e deduzir do município de origem do paciente os valores repassados pela Estado ou União a este município! ou seja, cada município se responsabiliza pelo seu!
Carlos Nunes 16/11/2017
Os entendidos dizem que é INCONSTITUCIONAL, desprezar qualquer paciente que precise de atendimento...porque a Saúde é direito constitucional dos cidadãos. Mas a Constituição é o livrinho que todo dia é jogado na lata do lixo, pois não é cumprido; então se devolver pacientes, não será nenhuma novidade. Cuiabá já viu de tudo: viu Hospital Central ficar parado na construção durante mais de 30 anos, e não aparecer nenhum deputado pra dar uma cutucada nos diversos governadores que passaram e pedir: pelo amor de DEUS, governador, toca a obra do Hospital, que tá morrendo gente. E morreu mesmo, crianças, idosos...Viu governador comprar hospitais, um deles o São Tomé, e em vez de reformá-los e entregar pra população, não, deixou fechado por longo tempo. Também, todas as nossas "otoridades" tem plano de saúde particular, e se ficarem doentes, pegam um avião e vão tratar num grande Centro com especialista. Com dinheiro na mão, não serão devolvidos... e se fossem clientes do SUS? Toninho de Souza tá certo, não é a toa que foi o vereador mais votado da Capital.
Deusdeul 16/11/2017
Esse vereador e doido mesmo. Antes queria processar o vereador oposicionista welaton por causa d CPI agora inverte e fala q quer processar o prefeito..Um cara dess que nao sabe o que quer como pode legislar pela populacao..so em MAto Grosso mesmo. Nao deve ter nenhum projeto a lancar entao para aparecer tem qus ficar brigando. Olha essa cidade nossa ta frita com uma situacao desse nipe.
Marcel 16/11/2017
Mas existe crise na saúde pública? Uma prefeitura que repassa um suplemento (aditivo do que já foi enviado antes) de 6,5 milhões para uma câmara municipal e que aprova um orçamento de 2 milhões para plantar palmeiras imperiais não pode ter crise em caixa para saúde!
4 comentários