O ex-vice-governador de Mato Grosso, Chico Daltro (PRB), confirmou o cumprimento de mandado de busca de documentos em sua residência, na manhã desta terça-feira (19), quando foi desencadeada a 6ª fase da Operação Sodoma. Segundo Daltro, seu nome foi mencionado em um acordo de colaboração premiada, que tramita no Supremo Tribunal Federal desde o ano passado.
"Embora o STF não tenha adotado nenhuma medida contra mim, considero importante que as apurações locais possam elucidar e encerrar essas ilações de fato que não me atinge. E assim será", diz trecho da nota encaminhada à imprensa por Daltro.
O ex-vice-governador, que hoje articula candidatura à Assembleia Legislativa, disse que está à disposição para qualquer esclarecimento. "Também tomarei todas as providências jurídicas necessárias e cabíveis ao caso".
Em acordo de colaboração premiada firmado por Pedro Nadaf, o ex-secretário afirmou que parte de créditos fiscais concedidos à construtora Concremax, teriam retornado como propina a Daltro com a finalidade de pagamento de dívidas de campanha. Os créditos fiscais seriam na ordem de R$ 7,5 milhões. O esquema relatado por Nadaf também foi citado pelo ex-governador Silval Barbosa, em delação homologada pelo ministro Luiz Fux.
Daltro teria procurado o então governador e dito que possuía uma dívida da campanha de 2010, no valor de R$ 4,5 milhões. Barbosa então determinou que Nadaf, juntamente com o ex-secretário de Fazenda, Marcelo de Cursi, solucionassem o problema. Foi quando teriam fechado um acordo com a empresa Concremax, no qual o empresário Jorge Pires teria se comprometido a "devolver" o crédito fiscal a título de propina.
De acordo com Nadaf, R$ 4,8 milhões teriam sido repassados a Daltro, R$ 1,2 milhão à empresa Concremax e R$ 1,5 milhão aos Grupo Votorantin.
Além de Daltro, foram alvos de busca e apreensão a Gráfica Milenium, o ex-secretário de Fazenda Marcelo de Cursi, Jorge Pires de Miranda e sua empresa Concremax e o empresário Ricardo Novis Neves. Ao todo foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão. A operação foi comandada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública e corre em sigilo.
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