O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALR), deputado Jorge Piccani era dono da fazenda Agrovás, em São Felix do Araguaia e já foi investigado por uso de mão de obra escrava em sua propriedade. O parlamentar teve sua prisão preventiva decretada pelo Tribunal Regional Federal nesta quinta-feira (16) sob a acusação de lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa.
De acordo com o site Uol, durante operação de fiscais do Ministério do Trabalho, em 2003, foram retirados do trabalho escravo na fazenda do político, 39 pessoas. Entre elas, um adolescente de 17 anos. Os trabalhadores tomavam banho e lavavam roupas na mesma água que era destinada ao consumo.
Na época das investigações, Picciani negou que tenha contratado os trabalhadores. Alegou que funcionários contratados para a construção de cercas na propriedade rural e que ele era responsável por manter os 39 empregados nas condições desumanas. Enfatizou, ainda, que não sabia nas condições dos trabalhadores.
A versão do deputado foi desmentida pelo caseiro da fazenda que informou à Justiça que o parlamentar visitava constantemente a propriedade e que sobrevoava os local esporadicamente.
Após a ação, a empresa que administrava a fazenda foi incluída na listra negra do Ministério do Trabalho, onde se encontram empresas que tiveram ações referentes ao trabalho escravo julgadas em primeira e segunda instância.
Ao fim da tramitação processial, Picciani estabelecei a acordo junto ao Ministério Público do Trabalho para o pagamento de indenização e a ação foi arquivada.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.