O presidente afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Antonio Joaquim, criticou a postura do ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, que segundo ele, protegeu o governador Pedro Taques (PSDB), das investigações oriúndas da delação "monstruosa" do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
"Em relação a delação que diz respeito a Mato Grosso, o Janot foi criminosamente parcial, seletivo. Não tomou as atitudes que tomou em relação aos conselheiros, com o seu amigo Pedro Taques. Por que? O doutor Silval Barbosa cita o Pedro Taques, que inclusive se reuniu com ele quatro vezes. Ele [Silval] fala que deu dinheiro para a campanha do Pedro Taques. Ele fala quer negociou uma futura proteção do futuro governador Pedro Taques. Silval diz que o Taques pediu para ele não dar dinheiro mais ao candidato Lúdio para fragilizar a campanha do Lúdio e consequentemente ajudar a campanha do Pedro Taques", questionou Antonio Joaquim nesta segunda-feira (18) durante entrevista a rádio Capital FM.
Para Antonio Joaquim, Janot foi "parcial" e "prevaricou" por não ter pedido abertura de inquérito contra o governador.
"Ele não pediu abertura de inquérito. Não estou dizendo que essas afirmações do delator sejam verdadeiras. Mas no mundo da democracia o doutor Janot tinha o dever funcional e tomar as providências democráticas que deveriam, como ele tomou contra nós. Eu não vou dizer pra pedir o afastamento do governador. Mas no mínimo abrir um inquérito sobre isso. No mínimo uma busca e apreensão na casa do governador como fez contra os outros", afirmou.
Antonio Joaquim disse que pedirá ao seu advogado para representar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra Janot. "Eu estou procurando o meu advogado e vou formalizar essas declarações que estou fazendo pra que ele formaliza o porquê o doutor Janot não tomou nenhuma iniciativa contra o doutor Pedro Taques que está citado na delação do Silval Barbosa", explicou.
Antonio Joaquim e mais quatro conselheiros, foram afastados das funções pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, durante a 12º fase da Operação "Ararath", denominada "Malebolge".
Os conselheiros são acusados de receberem R$ 53 milhões em propinas para facilitar e aprovar as obras e contas do governo Silval Barbosa.
Antonio Joaquim e Pedro Taques estão em rota de colisão desde o final do ano passado, quando o conselheiro anunciou que iria se aposentar do TCE para disputar o governo do Estado em 2018. Desde então os dois chefe de Poderes vem trocando "farpas" e "acusações" publicamente.
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Rondon 18/09/2017
E aí conselheiro?? não ia abrir mão de sua IMUNIDADE? por qual motivo será que mudou de idéia. Creio seja aquela máxima: Quem tem, tem medo. Manda apagar aquele vídeo que postou.
jaconias 18/09/2017
- Conselheiro fica calado, o Senhor vai ser preso. Já, já.......
ANA 18/09/2017
E na operação Remora tambem . Viva a impunidade e suas proteções
joao 18/09/2017
A segunda etapa de afastamentos e prisões em MT, que está próxima, não ficar pedra sobre pedra.
dito 18/09/2017
Isso é verdade mesmo
5 comentários