Após o fracasso das Organizações Sociais (OSs), técnicos do governo estudam uma saída para a Saúde pública em Mato Grosso, que enfrenta forte crise estrutural e de ordem financeira.
O objetivo é buscar alternativas para os investimentos necessários no setor e para a gestão das unidades hospitalares. A principal opção, até o momento, é a implantação de parcerias público-privadas (PPP).
A medida faz parte de uma cooperação internacional entre o Executivo e um escritório de projetos da Organização das Nações Unidas (ONU).
“A situação atual do país não é uma situação que favorece o investimento direto, já que temos muitos problemas de arrecadação e de recursos para investimentos. Então o Estado de Mato Grosso precisa pensar em formas diferenciadas de financiar serviços. Como é que a iniciativa privada poderia auxiliar o Estado no que diz respeito ao financiamento de novas unidades de saúde. Não é possível um Estado contemporâneo pensar só em serviços estatais. É preciso se adequar às alternativas”, defendeu Karem Dall’Acqua Vargas, representante da Secretaria de Estado de Saúde (SES) na elaboração do projeto.
Um grupo de trabalho já está realizando o levantamento de dados em cada região do estado para diagnosticar as demandas da área.
Visitas técnicas às unidades de serviços de saúde vão identificar quais os melhores serviços para a população pautando o planejamento de novos serviços a serem oferecidos para aquelas comunidades.
Já foram realizados estudos no Centro de Reabilitação Dom Aquino Correa (Cridac), no Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac), no Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais (Ceope) e na sede administrativa da SES para a identificação da qualidade dos registros e na identificação de outras fontes de dados disponíveis.
Nas últimas semanas, o governo enfrentou uma forte crise com os hospitais regionais. A dívida chegava a R$ 162 milhões, mas o pagamento já foi anunciado. Segundo a assessoria da SES, até o fim da semana passada os valores pagos, relativos a 2017, somam R$ 80 milhões. Outros R$ 20 milhões também já estão sendo pagos. O débito referente ao mês de maio ainda não foi processado e serão pagos com os R$ 62 milhões restantes da dívida.
Veja reportagem sobre o assunto:
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Francisco Antonio de Almeisa 12/06/2017
O sistema de parcerias assim como qualquer outro sistema bem planejado pode funcionar muito bem se o governo cumprir os contratos e pagar corretamente. Agora dando calote nada funciona.
1 comentários