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Política Sábado, 23 de Setembro de 2017, 08:00 - A | A

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Sábado, 23 de Setembro de 2017, 08h:00 - A | A

"ÊÊÊÊ, SÍLVIO"

Sílvio Corrêa diz a Zanatta que queria "pegar" Riva em gravações: "não consegui"

FELIPE LEONEL

O ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), delator na 12ª fase da Operação Ararath, Sílvio Cesar Corrêa, que gravou políticos recebendo dinheiro, supostamente de propina para apoio ao governo Silval Barbosa (PMDB),  afirmou que o seu objetivo era flagrar o ex-deputado José Riva. 
 
 

Reprodução

alan/silvio

Alan Zanatta e Sílvio Corrêa

A informação consta no áudio gravado pelo ex-secretário de Indústria Alan Zanatta (PR) em uma conversa com Sílvio Corrêa. "Queria pegar o Riva, não peguei", lamenta-se Corrêa durante a conversa. Ele também assumiu que queria flagrar os deputados estaduais Pedro Satélite (PSD) e Sebastião Rezende (PSC). 
 
 
Silvio informou que as filmagens ocorreram em um dia apenas, pois ele teria descoberto que os deputados iriam fazer uma "operação" no Palácio Paiaguás. Os vídeos foram entregues à Procuradoria-Geral da República (PGR), anexados na delação de Silvio, do ex-governador Silval, de Rodrigo Barbosa, Antonio Barbosa e Roseli Barbosa. 
 
 
O arquivo foi obtido e divulgado, na íntegra, pelo HiperNotícias e coloca em xeque a delação dos envolvidos, pois o delator afirma que "falou o que quis" na delação, além de assumir que possui um garimpo, informação que foi ocultada na delação premiada. Sílvio ainda declarou que cerca de R$ 500 mil que ele devolveria ao erário, seria pago por Silval. 
 
 
DELAÇÕES
 
 
As delações de Silval Barbosa e Silvio Corrêa foram homologadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, no início de agosto.
 
 
Os dois que estavam quase dois anos no Centro de Custódia da Capital (CCC), tiveram a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar no dia 13 de junho.
 
 
Por conta das informações a Polícia Federal deflagrou a 12ª Fase da Operação Ararath, denominada "Malebolge".
 
 
Durante a operação, cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) foram afastados do cargo.

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Carlos Nunes 24/09/2017

As pegadinhas do Silval já entraram na história da política de Mato Grosso. Melhores do que os Grampos, onde tem uma lista de pessoas loucas pra saber se foram grampeadas ou não, e jamais saberão, ou saberão? Sei lá. A que ponto ficou Mato Grosso? Entre pegadinhas e grampos. A que ponto ficou o Brasil? Entre sonegadores que fazem a repatriação do dinheiro,e delatores premiados que farão a limpeza, desmascarando vários lobos em pele de cordeiro.

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