O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), afirmou que a Casa Civil, comandada pelo deputado licenciado Max Russi (PSB) precisa intensificar as articulações como forma de recompor a base do Governo na Casa de Leis. Conforme Botelho, “o descontentamento e o esfacelamento da base do governo é claro e nítido”. Veja a entrevista em vídeo no Estúdio Hiper (assista aqui)
“Agora o governo precisa recompor, evidentemente, se ele quiser ter a governabilidade garantida, se ele quiser ver os projetos dele terem mais tranquilidade, tem que recompor com a base. Isso é natural, democrático. Ele tem que procurar, conversar com os deputados, ouvir porque estão insatisfeitos, ver o que pode fazer. Vamos conversar mais, participar mais, é esse o trabalho que ele tem que fazer”.
O não pagamento das emendas parlamentares com a chegada de recursos do Auxílio Financeiro de Apoio às Exportações (FEX), como havia sido prometido pelo Governo do Estado, fez com que a base se sentisse desestimulada. E o descontentamento não se deu apenas com o Executivo, mas também com Botelho, por considerarem que a cobrança feita pelo presidente não foi suficientemente incisiva.
“Eles têm me cobrado muito que eu tenha uma postura mais dura com o governo, especialmente em relação ao pagamento das emendas e eles estão certos nisso. Até fui um pouco relapso, acho que tenho que cobrar mais veementemente e se possível, se for o caso, nós vamos até para a justiça. Eu acho que que eles estão certos nesse aspecto. Existe sim um descontentamento comigo”, ponderou o chefe do Poder Legislativo.
Sobre recorrer à Justiça pelo pagamento das emendas, Botelho afirmou que o prazo do governo se encerra em março, quando ele irá solicitar um relatório para observar como está o repasse verbas. Se o ritmo desagradar, o caminho será buscar o Judiciário.
“Se o governo continuar não pagando as emendas, se não fizer um calendário para colocar as emendas em dia, vou ser forçado, pela minha função, a tomar uma providência. Prometeu começar a pagar agora, quero ver até final de março um relatório do que ele pagou e como ele vai pagar o restante”.
Botelho afirmou que os parlamentares o procuram e reclamam da sua postura muito “governista”. “E muitos deputados estão sendo francos comigo, dizendo que não estão satisfeitos com a minha postura porque entendem que eu estou defendendo o governo e deixando os deputados. Mas acontece que não é verdade isso. Estou com a minha consciência mais do que tranquila, porque estou participando e estamos vendo aí a situação da saúde, os atrasos, corre o risco de atrasar a folha de pagamento. Então, temos que pesar tudo isso e estou fazendo esse papel de moderador, pesando aqui, e evidentemente que acabo desagradando alguns”.
CPI dos Fundos
Embora aponte o descontentamento da base de Taques na Assembleia Legislativa, o presidente da Casa de Leis descarta que a CPI dos Fundos tenha sido instalada com o intuito de pressionar o Executivo pelo pagamento das emendas.
Botelho ainda considerou que por ser instalada em ano eleitoral, a CPI corre o risco de virar palanque. “Acho que pode sim [virar palanque], porque a oposição faz o papel dela. Tudo que pegar de coisas do governo vão usar isso e potencializar. E eles estão no papel deles. A oposição é para isso”.
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