"Eu gostaria muito de ser governador". Foi com esta frase que o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (DEM), respondeu às críticas feitas pela deputada estadual Janaina Riva (MDB). Segundo a parlamentar, o colega arquivou o pedido de afastamento do governador Pedro Taques (PSDB) por não querer assumir o Estado, já que é o primeiro na linha sucessória.
A deputada protocolou o pedido de afastamento do tucano com base no conteúdo da colaboração premiada feita pelo empresário Alan Malouf, homologada recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A delação acusa o atual governador de ter se beneficiado de caixa 2 durante sua campanha eleitoral, em 2014, quando se elegeu para o Executivo estadual.
"Eu gostaria muito de ser governador. Quem não gostaria? Mas governador num momento desse, no qual estamos em transição e o atual Governo nem manda mais tanto assim, já que tudo que ele vai fazer, tem que conversar com o seu sucessor, não produziria resultado nenhum. Eu estar lá não mudaria em nada. Mas quem sabe um dia eu vire governador", profetizou Botelho, em tom descontraído.
Botelho apontou que a decisão de arquivar o pedido de afastamento é a mais sensata, já que poderia inclusive atrapalhar a transição entre o atual governo, comandado por Pedro Taques, e o governador eleito no último dia 7 de outubro, Mauro Mendes (DEM). Por ser o presidente da ALMT, o próprio parlamentar assumiria o comando do Palácio Paiaguás.
"Teríamos uma situação em que seriam três governadores: um afastado, um em exercício e o eleito. Optamos por arquivar. Não tem tempo para investigarmos isso, já que faltam 40 dias para o próximo Governo assumir. É o mais sensato no momento. Atrapalharia com certeza a transição, pois seria um governo saindo, outro entrando e as informações que se passariam de um para o outro não seriam mais as mesmas, pois teria outra equipe", opinou.
Para o presidente da ALMT, os apontamentos feitos por Alan Malouf em sua delação premiada continuarão sendo investigados pelo Ministério Público (MPF) e outras esferas administrativas. Ele também opinou, dizendo que a entrada de um novo governador por 40 dias, não mudaria em nada a administração estadual.
"As alegações são importantes, relevantes e continuarão sendo investigadas pelo Ministério Público e esferas administrativas, talvez até mesmo pela Assembleia Legislativa. O que não vejo que seria eficaz é o afastamento do governador neste momento. Por isso a opção por arquivar. Entrar um novo governador não irá produzir nada de bom ou que dará resultado", completou.
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