O deputado Mauro Savi (PSB) rebateu as acusações feitas pelo ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi, de que teria sido beneficiado com dinheiro ilícito oriundo da desapropriação do loteamento Jardim Liberdade, em Cuiabá. Essa mesma desapropriação foi o motivo principal pela desarticulação de mais uma fase da Operação Sodoma, que levou para a cadeia diversos secretários da gestão passada, inclusive o ex-governador Silval Barbosa, que continua preso, porém em casa.
Por meio de nota, Savi salientou que não tem qualquer envolvimento com o processo de desapropriação e que não teria competência para atuar em nenhum ato de desocupação da área.
No comunicado, Savi se coloca a disposição da Justiça para todo e qualquer esclarecimento.
Marcel de Cursi, que passou 22 meses preso, foi ouvido na tarde desta sexta-feira (28), em audiência referente a Operação Sodoma 4, que apura o desvio de R$ 15 milhões por meio do pagamento da indenização pela desapropriação da área situada próxima ao bairro Osmar Cabral.
Cursi é acusado de receber R$ 700 mil do dinheiro pago indevidamente pelo dono da área, Antonio Carvalho. Ele vendeu a área ao Estado por R$ 31 milhões e devolveu metade para o grupo criminoso liderado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
O réu alega inocência e diz que foi inserido como benificiário de dinheiro ilícito para “acobertar” pessoas com foro privilegiado, entre eles o deputado Mauro Savi.
Além da Savi, segundo a denúncia de Marcel, teriam recebido dinheiro desviado, os deputados Wagner Ramos (PSD), Romoaldo Júnior (PMDB) e Guilherme Maluf (PSDB). O ex-secretário ainda afirma que os nomes aparecem no processo de investigação realizado pela Delegacia Fazendária (Defaz).
Confira nota de Savi íntegra
O deputado estadual Mauro Savi desconhece qualquer irregularidade e nega o envolvimento de forma ilícita no processo de desapropriação desta área, no bairro Jardim Liberdade, refutando o recebimento de valores citado pelo ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi.
Mauro Savi cita que as investigações não apontam seu envolvimento, pois, na ocupação de deputado não teria competência de realizar algum processo dentro do Executivo envolvendo pagamentos de recursos e desapropriação.
O parlamentar se coloca a disposição da justiça para qualquer esclarecimento.
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