O coronel da Polícia Militar Zaqueu Barbosa, ex-comandante-geral da corporação, prestou depoimento nessa terça-feira (27) e negou as acusações contra ele no caso dos grampos telefônicos ilegais supostamente praticados com coordenação da Casa Militar.
Ele está preso desde o dia 23 de maio, apontado como o mandante do escritório clandestino de espionagem.
No depoimento, Zaqueu disse que nunca autorizou ou determinou a escuta ilegal de jornalistas, médicos, políticos e servidores públicos, que fazem parte da lista de mais de 100 nomes grampeados de forma irregular, por meio da estratégia conhecida como “barriga de aluguel”. Também disse que não sabia da existência dos grampos ilegais.
O depoimento durou aproximadamente oito horas e foi acompanhado pelo Ministério Público (MPE). Segundo informações do site G1, o coronel disse à Corregedoria que o pedido de inserção dos telefones era feito pelo 'analista', pessoa que tem acesso ao sistema de escutas.
No caso, o analista era o cabo Gerson Correa Junior, também preso desde o dia 23 de maio, e atualmente lotado na Casa Militar. Os grampos começaram em 2014 e foram coordenados por militares lotados na Casa Militar durante o período em que o coronel Evandro Alexandre Lesco era titular do órgão. Lesco, inclusive, comprou em 2015 dois aparelhos de escutas telefônicas no valor de R$ 24 mil em seu nome. Na última sexta-feira (23), ele foi preso.
Ao HiperNotícias, o coronel Jorge Catarino, quer conduz o inquérito militar responsável por investigar o caso, confirmou o depoimento, mas não deu detalhes. Segundo ele, ainda vai ser realizada perícia técnica e serão ouvidas outras testemunhas e agente envolvidos com o processo, inclusive Lesco e o coronel Ronelson Jorge de Barros, que era adjunto da Casa Militar e também foi preso na última sexta-feira (23).
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