A quadrilha especializada em roubos a agências bancárias que foi alvo de mandado de prisões na manhã desta quinta-feira (20) pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) causou prejuízo de cerca de R$ 2 milhões em pelo menos três unidades que foram assaltadas. Por enquanto, as investigações ainda não apontaram o que os criminosos fizeram com o dinheiro. Mas, a Justiça já determinou o bloqueio das contas bancárias para saber o montante guardado ou se a quadrilha adquiriu bens com o dinheiro roubado.
PJC-MT
Jorge Nazário, Everton Pereira Oliveira, Antônio SantosNa manhã desta quinta-feira, o delegado Diogo Santana que comanda as investigações cumpriu desde às 6h, três mandados de prisão contra os ladrões de banco que moram em Cuiabá. Eram quatro ordens judiciais de prisão, mas um ainda continua foragido.
Entre os identificados e presos estão: Jorge Marcelo Souza Nazário “Nazo”, Antônio Fernandes dos Santos e Everton Pereira Oliveira “Lebre”. Além dos mandados cumpridos, os policias também procuram por Josemar Gomes Amado “Formiga”, que continua foragido.
Entre os crimes que os criminosos tiveram participação está o assalto na agência do Banco do Brasil do Distrito Industrial, no dia 1º de abril deste ano. Na ocasião, os envolvidos levaram R$ 500 mil.
Outros assaltos também aconteceram em janeiro de 2016, no Sicredi da Barão de Melgaço e no Bradesco da Carmindo de Campos, em 2015.
Conforme o delegado, a equipe da GCCO chegou até os bandidos depois que os policiais receberam as imagens do Circuito Interno de Segurança do assalto realizado no Banco do Brasil. Em entrevista coletiva Diogo explicou que os policiais já desconfiavam da participação do vigilante Jairo Garcia Boa Sorte porque durante toda a ação dos bandidos ele parecia muito tranquilo.
“Ele ficava muito a vontade e com liberdade na agência. E após ser indagado ele acabou afirmando que fez parte do crime e atuava como olheiro. Além disso, também confirmou que ele foi quem deu os controles remotos das portas giratórias para todos os integrantes da quadrilha”, afirmou.
Jairo Garcia já havia sido preso no ano passado, mas acabou sendo solto. Ele responde pelo crime em liberdade.
Segundo o delegado, na primeira fase das investigações além do vigilante a GCCO também identificou que o ex-policial militar, Uesdra de Souza também era um dos membros da quadrilha. O PM chegou atuava como olheiro e foi expulso da corporação porque participou de outros crimes.
“Através deles que a gente chegou aos demais envolvidos. O mais difícil de ser localizado foi Uesdra porque ele estava escondido em Várzea Grande”.
Como atuavam
As investigações apontaram que Everton Pereira Oliveira era quem atuava nos crimes fantasiado de vigilante ou de policial militar. A forma como a quadrilha chegava nas unidades era sempre render os funcionários, levar todos para dentro do banheiro e ainda ficar por horas sob ameaça de morte até que o dinheiro do cofre fosse liberado.
“O Nazo e o Lebre eram os líderes da organização criminosa. Eles escolhiam a agência que iria ser assaltada, dia e horário e repassava as informações para os demais”, concluiu.
Denúncia
Quem tiver informações do foragido pode entrar em contato com o Disque Denúncia: (65) 99232-0457.
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