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Polícia Quinta-feira, 03 de Maio de 2018, 17:45 - A | A

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Quinta-feira, 03 de Maio de 2018, 17h:45 - A | A

AUTOR DE INJÚRIA SERÁ OUVIDO

Polícia investiga caso de racismo contra fotógrafa

LUIS VINICIUS

A Polícia Civil já está investigando o caso em que a fotógrafa Mirian Rosa, de 32 anos, é vítima de ataques racistas por meio de áudios de WhatsApp, na terça-feira (1). O crime será investigado pela 2º Delegacia de Polícia do bairro Carumbé em Cuiabá. O suspeito que foi identificado apenas como R.A, deverá ser chamado para prestar depoimento nos próximos dias para esclarecer os fatos.

 

Aquivo Pessoal

Mirian Rosa

 Mirian Rosa foi vítima de racismo em Cuiabá

O fato veio à tona na quarta-feira (2), após os áudios do suspeito serem compartilhados nas mídias sociais. Nas gravações, Miriam é chamada de ‘saco de lixo’, 'mucama', 'crioula maldita', entre outros xingamentos. Após as ofensas, a vítima registrou um boletim de ocorrência e o caso foi encaminhado a unidade de polícia. O suspeito ainda não foi localizado pela polícia.

 

Ao HiperNotícias, Mirian disse que na segunda-feira (30), foi com uma amiga, a mãe dela e o suspeito a um bar, no bairro Popular, em Cuiabá, por volta das 18 horas. No estabelecimento, a fotógrafa disse que trocou poucas palavras com R.A. Depois, eles tiveram um desentendimento por motivos religiosos.

 

“Nós estávamos conversando sobre religião quando tivemos um desentendimento. Durante a conversa, eu disse que era muito apegada a Deus. Daí ele me disse que era ateu e daí começou toda a confusão. No dia eu não notei que ele não gostou de mim, da minha pessoa”, disse ao HiperNotícias.

 

Mirian disse que no dia seguinte, essa amiga, a mãe dela, o suspeito e uma ex-colega dela saíram novamente para outro estabelecimento. A fotógrafa conta que estava tomando banho de piscina em um outro lugar da cidade, quando R.A, começou a ofender ela e uma mulher de aproximadamente 40 anos em um grupo de WhatsApp com mais de 200 pessoas.

 

“Em um determinado instante ele começou a brigar comigo por meio de áudios e com essa outra pessoa dizendo que quem era eu na fila do pão. No dia, eu ignorei os áudios dele, mas depois ouvi e fiquei surpresa. Eu ouvi novamente e tive a dimensão das ofensas que ele proferiu. Um absurdo, eu fiquei muito chocada”, lamenta.

 

A fotógrafa contou que o suspeito proferiu as ofensas no celular de uma amiga dele. Diante disso, Mirian acredita que a mulher tenha sido conivente.

 

“Ele emprestou o celular de uma amiga para cometer as ofensas. Eu ouvia a voz dela, ao fundo, rindo da situação, enquanto ele me ofendia. Além disso, ela costumava me ofender, falar do meu cabelo e das minhas roupas. Ele não gostou de mim, da minha pessoa, mas falar foi demais”, opinou.

 

Rosa diz que ficou muito chateado por tudo que aconteceu e espera que o suspeito seja preso.

 

“Eu quero que ele pague por tudo o que me disse e aos todas as pessoas que ele ofendeu. Eu quero que ele seja preso. Foi um caso de racismo, um caso grave que não atinge só a mim, mas como todas as pessoas negras”, concluiu.

 

A integrante do Núcleo Interinstitucional de Estudos da Violência e Cidadania acredita que casos de racismo é ainda são registrados devido a impunidade por parte das autoridades. Ela afirma que as ofensas proferidas foram desumanas.

 

“Essas palavras foram muito agressivas. Eu fiquei chocada com aquelas gravações. Foi uma coisa tão absurda e tem vindo com uma potência tão gigantesca que me assusta. O que mais me assusta nessas manifestações na internet é a aposta na impunidade. As pessoas não entenderam que racismo é crime. As pessoas não sabem se relacionar com o diferente. Isso é desumano. Cada vez mais eu me convenço que não é suficiente o rigor da lei”, disse Vera.

 

 

Nota de Repúdio

 

O Instituto Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune) repudiou em carta aberta o ataque racista sofrido pela fotógrafa e pediu a prisão do suspeito.

 

"Este senhor violentou não somente uma mulher negra, mas à coletividade destas mulheres que, como Miriam, são trabalhadoras e ganham a vida, compondo, hoje no Brasil, a maioria entre as chefes de família", diz trecho do documento”, diz parte do trecho.

 

 

 

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Junior 04/05/2018

Liga não Rosa, esse indivíduo deve ser um menino q beija rapazes (sem ofensas homofóbicas) e está incomodado com sua beleza; é um sujeito asqueroso, mal amado, e doente por rapazes; ainda não acreditar em Deus?!?! espera-se o que de uma pessoa dessa??? não sei como conseguiu sobreviver até agora

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1 comentários

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