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Polícia Domingo, 16 de Dezembro de 2018, 15:54 - A | A

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Domingo, 16 de Dezembro de 2018, 15h:54 - A | A

PRESO NA PORTA DE CASA

Polícia Civil prende último alvo da Operação Polygonum

LUIS VINÍCIUS

Policiais civis da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) prenderam, no início da tarde deste domingo (16), o engenheiro ambiental Guilherme Augusto Ribeiro, em Cuiabá. O suspeito é o último alvo da Operação Polygonum que apura esquema no sistema de regularização e monitoramento de propriedades rurais e instrumentalizados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).

 

Alan Cosme/HiperNoticias

SEMA

 

Guilherme foi preso em frente a sua residência localizada no bairro Recanto dos Pássaros, na Capital. Pesava contra o engenheiro um mandado de prisão preventiva que foi expedido durante a quarta fase da operação policial, deflagrada na última quarta-feira (12). Na ocasião, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva contra pessoas envolvidas ativamente nas fraudes identificadas em procedimentos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

 

Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), tendo como relator o desembargador Orlando de Almeida Perri.

 

De acordo com a Polícia Civil, foram apuradas diversas formas de fraudes, sendo uma delas por deslocamento de polígonos. Nessa modalidade, por exemplo, o engenheiro contratado pelo proprietário apresenta informações falsas para o órgão ambiental, deslocando a localização do imóvel rural desmatado para local onde há cobertura florestal. Esse procedimento é feito no sistema da Sema e a área se mostra com aparência de legalidade.

 

O órgão ambiental, cooptado, aprova o Cadastro. Estando tudo regular é possível expedir APF (Autorização Provisória de Funcionamento), indicando total regularidade ambiental. Com esse documento pode-se obter financiamentos em instituições bancárias, dispensa nos pagamentos de reposição florestal e anistias de multas por desmatamentos ilegais (que em áreas de floresta amazônica é de R$ 5.000,00 por hectare). Em um exemplo hipotético, uma fazenda que tenha desmatamentos de 200 hectares pode deixar de pagar, apenas a título de multas, R$ 1.000.000,00.

 

Outra modalidade é mediante o desmembramento de propriedades. Para o Código Florestal os imóveis com menos de quatro módulos fiscais em determinadas hipóteses não precisam reconstituir desmatamentos ilegais. Com isso, uma propriedade é subdividida em diversos imóveis menores para ficar dispensado de obrigações ambientais. 

 

A Sema tem autorizado, por exemplo, que uma fazenda que possua várias matrículas tenha os Cadastros Ambientais individualizados para cada uma delas. Assim, caso o mesmo imóvel possua 10 matrículas poderá apresentar 10 Cadastros e cada um deles é analisado individualmente, recebendo benefícios que seriam destinados apenas aos pequenos produtores (como, por exemplo, não precisar de áreas florestadas no imóvel, ter diminuídas as áreas de preservação em beiras de rios, receber anistias etc.).

 

Com a fraude da fragmentação, a grande propriedade é subdividida em diversos imóveis menores. Na prática é uma grande fazenda, mas para a atual sistemática passam a ser diversos pequenos imóveis autônomos e independentes, nos quais os desmatamentos criminosos são legalizados ou se autorizam a abertura de novas áreas em locais não passíveis de exploração agropecuária.

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