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Polícia Segunda-feira, 12 de Março de 2018, 08:55 - A | A

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Segunda-feira, 12 de Março de 2018, 08h:55 - A | A

CONHECEU O CRIME

Morta na Ponte de Ferro, grávida assaltou Flamboyant com namorado

MAX AGUIAR

A grávida de sete meses, Viviane Silva Ângelo, 18 anos, encontrada morta na região da Ponte de Ferro, em Cuiabá, conheceu Mateus Rodrigues Pinto, 20 anos, apontado como o mandante de sua morte, quando o rapaz cumpria internação no Centro Socioeducativo do Pomeri. De acordo com o depoimento de uma fonte ligada ao rapaz, eles namoraram por dez dias, até que Mateus votou a ser preso por ter roubado uma loja da rede Flamboyant, junto com Viviane. 

 

Reprodução - PJC

viviane morta na ponte de ferro

Viviane foi localizada morta na região da Ponte de Ferro

O caso da morte, que chocou Cuiabá pela crueldade verificada, ganha novos capítulos após prisão de Mateus e alguns depoimentos prestados à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá. Mateus, que até então negava ter algum relacionamento com Viviane, é ex-namorado dela e um dos influentes da vida criminosa que a jovem iniciou. 

 

Viviane foi morta com uma pancada na cabeça e na sequência teve a pele de seu rosto arrancada com um estilete. Por enquanto, o autor do crime não foi preso ou identificado. 

 

Dois homens já morreram, a mando de uma facção criminosa, por serem suspeitos de cometer o crime, mas o andamento da investigação acaba provando que eles eram apenas pessoas próximas da jovem, mas inocentes. 

 

Conhecendo o crime

 

Aos 17 anos, Viviane conheceu Mateus e ficou namorando com ele através de cartas e fotos, enquanto ele estava internado no Pomeri. Quando o jovem saiu da repressão, eles ficaram juntos por 10 dias, até que o casal resolveu assaltar a loja de confecções e calçados, Flamboyant. Na situação, Viviane ficou solta e Mateus, já com 18 anos, assumiu o crime e foi para a Penitenciária Central do Estado. 

 

A única exigência de Mateus, segundo o depoimento, era que Viviane passasse a visitá-lo toda semana na cadeia. Porém, passado algum tempo ela avisou o namorado que não iria mais, porque se mudaria de Mato Grosso. Mateus, segundo o depoimento prestado à DHPP, aceitou a situação e não procurou mais a jovem.

 

PJC

BATATA MATHEUS CASO VIVIANE DHPP

Matheus foi preso durante a investigação da Operação Maat

No entanto, Viviane não foi embora de Mato Grosso e continuou morando em Cuiabá, onde passou a fazer programas sexuais. Nesse interím, ela engravidou e voltou para a vida de Mateus, curtindo e comentando suas fotos no Facebook. Nessa época, Mateus estava com nova namorada. 

 

O jovem, que foi preso na Operação Maat, contou que não mandou matar ninguém e também não teria envolvimento algum com a morte de Viviane. Ele apenas contou que teve relações com Viviane e que não tinha nenhuma raiva da jovem. "Pedi até que corressem dentro pra saber se foi eu que mandei matar. Eu não estava mais com ela e nem sabia mais da vida dela", disse Mateus em depoimento à DHPP. 

 

O depoimento do rapaz será apurado pela delegada Juliana Palhares, que investigará se tem procedência o que ele falou, ou se é apenas uma estratégia para se livrar do Tribunal do Juri. 

 

A morte de Viviane

 

Arquivo Pessoal/Facebook

viviane morta na ponte de ferro

 

O corpo da jovem foi localizado em avançado estado de decomposição, dia 18 de fevereiro, na chácara Recanto Feliz, nas proximidades do Rio Coxipó. Ela estava grávida de um menino, que conforme as redes sociais, chamaria Heitor. 

 

De acordo com familiares, a jovem saiu da casa da avó em um moto-taxi e, desde então, não deu mais notícias. "Ela saiu do Jardim Vitória e depois ninguém mais a encontrou", diz trecho do post. 

 

O local, onde o corpo foi localizado, é muito conhecido por ser ponto turístico na região do Coxipó do Ouro e por ser local de diversas desovas de cadáveres. 

 

Para buscar mais informações sobre o caso e também colher provas no local, uma equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esteve na chácara, sob o comando da delegada Alana Cardoso.  

 

Decapitações

 

Nas imagens, que foram compartilhadas em diversos grupos de WhatsApp e Facebook, dois homens têm suas cabeças arrancadas. Um rapaz de camisa azul amarrada na cabeça, identificado na filmagem como João, usa um facão para cortar e decapitar as vítimas, que estão de joelhos e com os braços amarrados.

 

As cenas, que se assemelham com ataques do Estado Islâmico, foram gravadas em Cuiabá. E a todo momento os envolvidos gritam que fazem parte do Comando Vermelho, facção criminosa liderada por Sandro Louco, em Mato Grosso. "Aqui é tudo 2, tudo 2", gritam e vibram os executores, fazendo menção à sigla CV. 

 

O tal "João", recebe a ordem do rapaz que está filmando. "Vai João, vai João". Em seguida, o rapaz passa o facão no pescoço da vítima, que ainda viva chega a gemer de dor. Logo após, o executor retira a cabeça e coloca ao lado do corpo do mototaxista. Essa primeira vítima, antes de ser executada, é interrogada pelos membros da facção. 

 

Ele é o mototaxista que levou Viviane até a Ponte de Ferro, onde ela encontrou com um rapaz por nome de Rubinho, que é o suspeito de matar a jovem grávida. 

 

O mototaxista, antes de ser morto, aparece amarrado e com o rosto inchado. Ele relata que não matou a jovem e que apenas a levou até a Ponte de Ferro. No caminho, Viviane teria recebido um telefonema e falado com um homem chamado Zulu. "Eu não falei isso antes, com medo. Eu tinha medo de alguém me matar ou matar minha filha", diz o homem, antes de sua morte.

 

Conforme investigações da DHPP, o celular desse mototaxista foi encontrado na cena do crime, próximo ao corpo de Viviane. Mas, até então nada comprovava sua participação no crime. 

 

Além do mototaxista, os criminosos do Comando Vermelho também executam o Rubinho. Ele seria o executor da grávida. Ele também tem a cabeça arrancada de forma brutal. 

 

Os vídeos do interrogatório foram feitos pelos criminosos com as vítimas enquanto elas estavam amarradas. As imagens da execução e da dupla decapitação não iremos exibir. 

 

Ainda segundo a polícia, o crime teria acontecido na noite de sábado (24), porém já se passaram 15 dias e nenhum cadáver foi localizado.  

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