A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) prendeu, de janeiro a junho deste ano, 121 criminosos em trabalhos investigativos de crimes de média e alta complexidade. Os casos tiveram repercussão em todo o estado, como a sequência de ataques a agentes penitenciários praticados entre os dias 22 a 24 de março, que culminaram na operação Segregare, deflagrada na terça-feira (2).
As operações realizadas nos primeiros meses de 2018 resultaram na desarticulação de organizações criminosas de roubos a bancos, ataques a órgãos e agentes públicos, defensivos agrícolas, furtos com arrombamentos de agências bancárias, tráfico de drogas e extorsão mediante sequestro.
"Investimos contra as organizações criminosas. Temos um enfrentamento firme, especializado e muito técnico. E isso, logicamente, incomoda porque temos hoje uma força integrada, uma atuação permanente com o Sistema Penitenciário da Sejudh, Polícia Militar, Polícia Civil e Politec. Todos esses órgãos estão atuando em conjunto e prendendo pessoas que tentam burlar as leis”, explicou o secretário de Segurança Pública, Gustavo Garcia.
Os números de prisões de 2018 já ultrapassaram o registrado em 2017, quando 89 criminosos foram presos e dobraram em relaçaõ a 2016, que terminou com 56 prisões efetuadas pelas equipes de delegados, escrivães e investigadores da unidade especializada.
As apurações são resultantes do emprego de inteligência, monitoramento e troca de informações permanentes entre as Polícias (Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal), Sistema Penitenciário da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), núcleos de inteligências das delegacias do interior, diretoria de inteligência da PJC, inteligência da Secretaria de Segurança Pública e demais agências de inteligência, seja em território estadual ou nacional.
“Focamos no trabalho de inteligência, com o fortalecimento do nosso núcleo e buscamos fazer ações constantes visando desarticulação de organizações criminosas. O trabalho integrado com outras instituições também foi fundamental para o sucesso das investigações”, observou o delegado titular da GCCO, Diogo Santana Souza.
Um dos trabalhos qualificados que tiveram intensa atuação foram as investigações contra organizações criminosas, cujas lideranças presas em unidades penitenciárias de Mato Grosso arregimentam criminosos de fora das grades para prática de crimes diversos, em que muitos causaram temor e pânico na sociedade, como os chamados "Salves" compartilhados via redes sociais. A maior parte dos envolvidos foi identificada e presa.
Na repressão às facções criminosas tevee destaque a operação Décimo Mandamento, iniciada pela Polícia Civil da Regional de Barra do Garças, que teve a parceria da GCCO, culminando na prisão 37 criminosos, no dia 14 de março. A operação cumpriu 51 ordens judiciais (38 mandados de prisão e 13 buscas) em cidades de Mato Grosso, Goiás e Paraná. As Operações Panóptico 2, 3 e 4, para coleta de informações de integrantes de organizações criminosas, nas três fases realizadas neste ano, sete pessoas foram presas em flagrantes e apreendido vasto material, como celulares e documentos, que estão ajudando a a subsidiar inquéritos policiais.
Na lista, estão ainda a operação Regressus, deflagrada no dia 25 de maio - esquema de fraudes em processos de progressão de regime de presos. Operação Camaleão, no dia 4 de maio - furtos a agências bancárias mediante arrombamento de paredes e cofres; e a Operação Segregare, no dia 3 de julho - em resposta aos ataques praticados contra três casas de agentes penitenciários e à sede do sindicato da categoria-, além de várias outras ações pontuais como incursões e monitoramentos que resultaram em prisões em Cuiabá, Rondonópolis, Sorriso, Rosário Oeste, Arenápolis, Poxoréu, Nobres, Porto Velho (RO), Campuã (MS), Belo Horizonte (MS) e Sonora (MS), desenvolvidas com apoio das Polícias Civil e Militar da localidade.
Todo o esforço policial resultou também na recuperação de mais de oito mil litros de defensivos agrícolas, R$ 28.458,00, 1 pistola calibre 40, 1 revólver 38, 1 fuzil, mais de 100 munições (12 do calibre 38, 62 calibre 9mm, 30 calibre 40), dois coletes balísticos, 3 veículos, drogas, celulares e outros.
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