O enfermeiro Luiz Otávio da Silva, suspeito de matar a facadas a estudante de Direito Ivone Oliveira Gomes de 24 anos, foi preso no começo da tarde desta quinta-feira (16), em Várzea Grande. O jovem estava foragido desde a noite de quarta-feira (15), quando matou a acadêmica com várias facadas no pescoço e rosto.
De acordo com a delegada responsável por investigar o caso de feminicídio, Juliana Palhares, o fato foi registrado às 23h, na Rua 6 do bairro Osmar Cabral, quando a vítima chegou da faculdade com o namorado.
A prisão dele foi efetuada por policiais da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), na região central de Várzea Grande, depois de intensas diligências continuadas, desde o atendimento da ocorrência, até o final desta manhã, quando chegou a informação, que direcionou os policiais para buscas na cidade.
“Realizamos intensa saturação de áreas em Várzea Grande e, com ajuda de um denunciante, o suspeito se viu acuado pelo cerco policial”, disse a delegada Juliana Chiquito Palhares, que preside as investigações.
O preso está na sede da DHPP para ser autuado em flagrante no crime de homicídio qualificado com qualificadora em feminicídio (contra mulher e por razões da condição de gênero ou simplesmente por ser mulher) e meio cruel.
A delegada informou que por não haver tempo hábil, o preso será apresentado em audiência de custódia na sexta-feira (17).
O assassinato
A vítima, Ivone Oliveira Gomes, 24 anos, foi encontrada morta, na noite de quarta-feira (15), por volta das 22 horas. O corpo estava em cima da cama, dentro da quitinete, em que morava no bairro Osmar Cabral, em Cuiabá. A moça foi morta por vários golpes de faca na região do pescoço e da cabeça.
Segundo a amiga, que dividia a quitinete, a vítima teve um relacionamento conturbado com o suspeito Luis Otávio, por aproximadamente 4 meses, e ela tentava terminar, mas o namorado não aceitava o fim do relacionamento.
O suspeito tinha a chave da casa e devolvia posteriormente para vítima. Mas, conforme a amiga, ontem sentiu falta da chave e quando chegou do trabalho encontrou a porta trancada, sem sinais de arrombamento e todos os pertences da vítima no lugar, inclusive o celular.
A família da mulher é do estado do Pará e ainda não têm informações se ela irá ser enterrada lá ou em Cuiabá. Juliana explicou que o crime é um caso de feminicídio. "Ele (Luiz) não aceitava o fim do relacionamento e por isso a matou. Por ajudar ela na faculdade e em casa, ele deveria achar que tinha poder sobre ela e com isso acabou cometendo o crime. Estamos em busca dele, pois um caso desse porte não pode ficar sem solução. Por enquanto, estamos apenas no início das investigações", concluiu a delegada.
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