Dois crimes que chocaram a população cuiabana no mês de novembro ainda continuam sem soluções por parte da Polícia Judiciária Civil. Os acusados, sendo um por encomendar a morte de um personal trainer e o outro de comandar o sequestro de uma empresária e ainda atirar em um policial civil , continuam foragidos, deixando uma sensação de impunidade aos familiares.
Reprodução/HiperNoticias
Danillo (boné branco) foi executado e o policial Sidney Santos baleado em trabalho; nenhum dos criminosos ainda foram presos
O primeiro crime aconteceu no dia 8 de novembro, por volta das 9 horas. O instrutor de academia, Danilo Nascimento de Souza Campos, de 28 anos, saiu de seu local de trabalho, localizado no bairro Jardim Cuiabá, e foi perseguido por dois homens em uma motocicleta.
Esses dois homens foram filmados atirando e fugindo. No total foram cinco tiros, sendo todos no tórax de Danillo. Segundo a polícia, o mandante do crime estava logo atrás e assistiu toda situação.
Para a polícia, Guilherme Dias é o homem, que inciumado, encomendou a morte do personal. "Guilherme mandou matar o Danillo porque achava que sua esposa estava tendo um caso extraconjugal com o personal", disse a delegada Alana Cardoso.
Depois de analisar as imagens do circuito de segurança do local onde Danilo foi assassinado e também da região, a delegada Alana afirmou que um carro Honda Civil de cor preta, que seria de Guilherme, passou cinco segundos após o assassinato em frente a cena do crime e foi visto fazendo o percurso provável de fuga dos executores. Desta forma, foi realizada um levantamento em todos os veículos dos alunos e os policiais conseguiram chegar até o empresário, Guilherme Dias de Miranda, de 34 anos.
O empresário teve a prisão preventiva decretada no dia 14 de novembro. Neste mesmo dia, policiais civis foram até a casa do acusado, mas a residência estava vazia. Ele é marido de uma aluna da academia, onde o personal era instrutor. A mulher, que seria a pivô do assassinato do instrutor, prestou depoimento duas vezes e negou qualquer envolvimento com Danilo. Conforme a Polícia Civil, a aluna teve, em seu desfavor, ordem de busca para apreensão do celular, que foi entregue espontaneamente.
De acordo com uma fonte do HiperNotícias, o empresário Guilherme, está escondido em São Paulo. O informante disse que o suspeito faz parte de uma grande quadrilha de estelionatários e teria dado golpes em hotéis da cidade de Campo Grande (MS), antes de chegar a capital paulista. Com isso, já se passaram mais de um mês e Guilherme ainda não foi preso. Policiais da DHPP já acionaram uma equipe nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo para tentar localizá-lo, mas até o momento o empresário não foi detido.
2º Caso
Outro bandido que continua a solta é Kelves Gonçalves da Silva, de 28 anos. Ele é acusado de atirar no rosto do policial civil Sidney Ribeiro dos Santos, durante o resgate da empresária Milene Falcão Eubank, na madrugada do dia 17 de novembro.
De acordo com a Polícia Civil, a empresária Milene Eubank foi abordada por dois homens armados enquanto pegava o filho numa escola, no bairro Quilombo. Ela descia do carro quando foi obrigada a voltar para o veículo. Depois da ação, os criminosos fugiram do local. Em seguida, eles levaram a mulher para o cárcere privado. No entanto, policiais civis e militares conseguiram interceptar o veículo por meio de imagens de câmeras da região e chegaram à residência.
Enquanto a mulher era mantida em cativeiro, os policiais faziam buscas pelos autores do crime. Em uma das casas, os policiais encontraram Kelves, que trocou tiro com os militares e acabou atingido Sidney com um tiro no rosto. O projétil ficou alojado na quinta vértebra do policial que está sendo medicado em um hospital de Cuiabá. A princípio, ele teria sequelas do tiro, porém o caso ainda passa por estudos clínicos.
No entanto, os policiais foram recebidos a tiros no endereço. Rapidamente, os agentes revidaram a ação e houve uma intensa troca de tiros. Sidney foi atingido com um tiro no rosto. Na ação, uma quadrilha foi presa. Um casal foi preso no bairro CPA 3, em um baile funk, outro duas pessoas foram detidas no bairro Jardim Canaã e os últimos no bairro Ouro Fino.
Após o confronto, Kelves fugiu e ainda não foi capturado. Uma força tarefa chegou a ser montada durante a semana pelos policiais do Ciopaer, GCCO e PM, mas novamente o rapaz fugiu. A casa, situada no bairro Doutor Fábio foi invadida pelos policiais, que prenderam um casal por dar suporte na fuga de Kelves.
A informação que a polícia tem é que o foragido é considerado de extrema violência e muito perigoso, pois coleciona passagens criminais e ainda faz parte da facção criminosa Comando Vermelho.
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