A Polícia Civil de Arenápolis (cidade distante 235 km de Cuiabá) abriu um inquérito para investigar o caso em que uma mãe encontrou as portas da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) fechadas no momento em que precisava de um atendimento médico de urgência para a sua filha de apenas um mês. A menina estava engasgada com o leite materno.
Após não encontrar a unidade de saúde “aberta”, a mulher se deslocou até a cidade de Nortelândia (250 km de Cuiabá), mas a criança não resistiu e morreu antes de chegar ao hospital.
Reprodução
O fato aconteceu na madrugada de domingo (30). De acordo com informações da Polícia Civil, o casal saiu para passear com a filha, nascida no mês de junho, identificada apenas como J.A.F.J., na tarde de sábado (29), em uma praça da cidade de Arenápolis.
Por volta das 17 horas, a família resolveu voltar para a casa quando a mãe começou a amamentar a criança e logo em seguida, adormeceu com o marido. Quando foi por volta de 1h20 da madruagada, os pais acordaram e já encontraram a menina inconsciente e com nariz sangrando. Desesperado, o pai tentou reanimar a criança, mas não obteve sucesso.
Logo em seguida, o casal procurou a Unidade de Pronto Atendimento de Arenápolis, mas encontrou as portas da unidade de saúde fechadas. Desta forma, eles foram até o Hospital Nossa Senhora de Santana, na cidade de Nortelândia, que fica a 5 km de Arenápolis. No entanto, a criança já chegou ao hospital morta e nela foram encontradas várias marcas de coagulação pelo corpo.
Desde forma, a Polícia Civil da cidade abriu um procedimento para apurar o que de fato aconteceu com a recém-nascida.
Outro lado
À reportagem, a Secretaria de Saúde de Arenápolis informou que as portas da UPA estavam fechadas por motivo de segurança, mas que em nenhum momento deixou de atender nenhum paciente.
Por meio da sua assessoria de imprensa, a secretaria explicou que quando a mãe viu as portas fechadas e que por estar preocupada não foi sequer até a recepção da unidade de saúde. “Se ela abrisse a porta da UPA iria ser atendida normalmente como qualquer outro cidadão”, disse.
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