A família da cuiabana Edileia Daniele Ferreira Lira, que morreu após ter complicações após uma cirurgia plástica, ainda procura resposta para o que de fato foi preponderante para a morte da mulher de 33 anos. Recém-casada, Edileia sempre sonhou em realizar esses tipos de procedimentos para a melhora da estrutura do corpo. No entando, uma complicação após a cirurgia interrompeu planejamento não só dela como de toda a família.
Conforme informações recebidas pela reportagem, Edileia ficou sabendo do programa “Plástica pra Todos” por meio de um grupo da rede social Facebook. Após se interagir com os membros, a mulher pagou o valor de R$ 50 reais para fazer um cadastro no projeto e outro R$ 50 por uma consulta. Além disso, ela foi incluída em um grupo de “WhatsApp” com mulheres de todo o Brasil, onde as possíveis pacientes podiam tirar dúvidas e agendar novos procedimentos.
Com isso, a reportagem do HiperNotícias recebeu prints de conversa de Edileia no dia da cirurgia ainda no hospital. No grupo “PPT Cuiabá”, poucas horas antes do procedimento, a cuiabana postou uma foto tomando soro e com o braço enfaixado. A legenda trazia os seguintes dizeres: “Avisa p Ludimila que é hoje”.
O termo faz alusão a música cantora de funk, MC Ludmila, “Hoje”, que traz uma grande expectativa para algo que vai acontecer no dia. A imagem foi compartilhada exatamente às 07h49 da quinta-feira (10), pouco tempo antes da cirurgia. Imediatamente, outras mulheres do grupo começam a desejar sorte e perguntar à paciente o que ela iria fazer. “Deus no controle. Qual procedimento?”, chega a questionar uma das participantes do grupo, às 07h51.
Após dois minutos, outra participante comemora a cirurgia e deseja que o procedimento seja acompanhado por Deus.
“Urrullll. Coisa boa. Deus te acompanhe”. Outro membro do grupo também deseja sorte a Edileia. “Bom dia, Deus a proteja”. A mensagem foi enviada exatamente às 08h11 da mesma quinta-feira. No entanto, mesmo com as orações, aproximadamente quatro horas após a cirurgia ela começou a passar mal.
Como o Hospital Militar, não possuía Unidade de Terapia de Intensiva (UTI), ela foi transferida para o Hospital Sotrauma. No domingo (13), ela teve uma parada cardíaca, não resistiu e morreu.
O corpo de Edileia está no Instituto Médico Legal (IML), onde passa por exame de necropsia. O resultado deverá sair nos próximos dias e assim o cadáver poderá ser enterrado. Após a morte de Edleia, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), abriu um inquérito para apurar o caso. As investigações serão comandadas pela delegada Alana Cardoso.
Programa
O programa “Plástica para Todos” é apresentado como um programa de baixo custo para as pessoas que desejam fazer procedimentos estéticos. Os procedimentos cirurgias podem ser pagos em até 24 vezes no boleto e 12 vezes no cartão crédito ou crediário.
O projeto é constituído por uma equipe de 22 cirurgiões plásticos e membros da Sociedade brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), sendo dois cirurgiões geral especialistas em procedimentos bariátricos, dois dermatologistas, um otorrino especialista em cirurgias e duas nutricionistas.
Outro lado
Por meio de nota, o advogado do programa "Plástica pra Todos", Alex Sandro Rodrigues, afirmou que todos os procedimentos realizados pelos seus profissionais foram atestados nos variados procedimentos já feitos em todo o Brasil.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Diante das recentes notícias veiculadas, a empresa “Plástica Para Todos”, por meio de seu advogado, vem a público esclarecer e corrigir alguns fatos equivocados, tornados públicos nos últimos dias.
- A empresa reconhece que não há palavras que possam aliviar a dor de familiares e amigos da paciente que infelizmente veio a óbito e, por isso, não poupará esforços para o rápido esclarecimento do caso, a fim de confirmar a ocorrência de fatalidade adversa que a vitimou.
- A qualidade e a regularidade dos serviços ofertados pela empresa, executados por profissionais habilitados e com registros junto aos Conselhos Regionais de Medicina e à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, são atestadas pelos milhares de procedimentos cirúrgicos já realizados em todo o país, sem que jamais tivesse ocorrido, até então, qualquer evolução de óbito, independentemente de sua causa.
- Com base neste histórico, é possível afirmar que o caso envolvendo a paciente, provavelmente, esteja isento de erro de conduta profissional, sendo típico de evoluções imprevisíveis. Mesmo assim, as causas somente poderão ser discutidas após o laudo do exame de necropsia.
- A empresa esclarece que os médicos credenciados possuem registro junto ao CRM de origem e local, inclusive quanto à especialidade de cirurgia plástica e ainda, faz-se importante registrar, que este mesmo hospital é frequentemente utilizado para realização de cirurgias por outros profissionais locais, também membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e não vinculados à empresa "Plastica Para Todos".
- Vale destacar que a existência de riscos em todos os procedimentos cirúrgicos em geral e suas causas nem sempre estão associadas à ocorrência de erros médicos ou de equipes multidisciplinares de saúde. Por conta disso, não há que se falar, até o momento, em causas de negligência, imperícia ou imprudência da equipe médica, tampouco do hospital onde o procedimento foi realizado, já que 70% (setenta por cento) das cirurgias plásticas realizadas no país ocorrem em unidades sem leitos de terapia intensiva, não sendo, portanto, obrigatório.
- A empresa “Plástica Para Todos”, que luta incessantemente para democratizar a especialidade, expressa os mais sinceros votos de confiança, depositados junto às autoridades instituídas e aos órgãos da classe e se mantém à inteira disposição para os esclarecimentos necessários, informando aos nossos clientes que, muito em breve, serão informados sobre a nova unidade hospitalar onde os procedimentos cirúrgicos serão realizados na cidade de Cuiabá.
Alex Sandro Rodrigues Cardoso
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Tânia 17/05/2018
As vezes estamos tão bem fisicamente, mais por vaidades procuramos muita das vezes a própria morte !!! Lamentável !!!
Maria 16/05/2018
Os médicos nunca erram! A culpa é sempre do paciente!
2 comentários