Advogado de capoeirista diz que cliente é inocente e personal recebeu ameaças de outras pessoas

O advogado Marcelo Felício Garcia disse ao HiperNotícias que seu cliente, o capoeirista e empresário Guilherme Dias de Miranda, de 34 anos, está “desorientado” com toda a repercussão do assassinato do personal trainer Danilo de Souza Campos, de 28 anos. O jurista ainda afirmou que Guilherme é inocente e a vítima vinha recebendo ameaças de outras pessoas. O empresário é investigado pela polícia, com mandado de prisão em aberto, acusado de ser o mandante do crime.  

 

A execução aconteceu na noite do dia 8 de novembro, após a vítima sair de uma academia no bairro Jardim Cuiabá, onde era instrutor. A delegada responsável pelas investigações do caso, Alana Cardoso, disse que Guilherme, após tramar, encomendar e pagar dois homens para executar o personal, acompanhou toda a execução do seu veículo, um Honda Civic de cor preta. O carro foi visto fazendo o provável percurso de fuga dos executores. A delegada contou que observou toda a movimentação por meio de câmeras de segurança da região. Desta forma, foi realizada um levantamento em todos os veículos dos alunos e os policiais conseguiram chegar até Guilherme.

O advogado afirma que seu cliente não possui ligação com o crime e que deve apresenta-lo, após serem realizados os confrontos balísticos e as imagens de segurança da região.

“Ele é inocente, sim. Nós estamos aguardando a conclusão do confronto balístico das munições que foram encontradas na residência do meu cliente e as imagens que foram captadas na região. A autoridade policial está colocando a ele um crime bárbaro com várias qualificadoras. Por isso, nós temos que aguardar a conclusão dessas diligências preliminares para ver o que haveria de provas para facilitar a defesa posterior ou no caso se ele for se apresentar”, disse o jurista.

Marcelo afirma ainda que uma autoridade policial disse que Danilo havia recebido ameaças de outras pessoas. Segundo o advogado, em nenhum momento Guilherme fez algum tipo de ameaça ao personal trainer.

“Meu cliente está desorientado com toda essa repercussão. Estamos aguardando mesmo toda essa conclusão. Não era ele, até onde a autoridade informou, que estaria ameaçando essa pessoa, no caso a vítima. Outras pessoas ameaçaram ele. O Guilherme não ameaçou ele nem por mensagens e nem por WhatsApp”, afirmou.

Perguntado sobre se o capoeirista assistiu a cena do crime, o advogado negou e ainda disse que o fato de um carro, cuja posse é atribuida a Guilherme, ter passado na hora do crime, pode ser uma “coincidência”.

“Nós estamos aguardando a perícia, pois o carro que passou logo após o crime, é um carro. Quantos mil carros não existem em Cuiabá? Não tem como falar do carro dele que passou após o crime. Por isso, a gente está esperando o melhoramento das imagens para ver se realmente é o carro dele ou não. Ali é o trajeto dele, a mãe dele mora na região. Ele passa ali com frequência, a família dele mora ali na região. Pode ser um coincidência”, concluiu a região.

A investigação

O homicídio chamou atenção da população cuiabana por ter motivações passionais. O suspeito teria ficado com ciúmes após ficar sabendo de uma suposta relação amorosa entre Danilo e a sua companheira e, por isso, teria encomendado a morte do personal.

Por ser o único suspeito, o professor teve o mandado de prisão temporária (30 dias), decretado pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá. A delegada Alana Cardoso foi até a casa do professor, localizada no Condomínio Rubi, na Rodovia Mario Andrezza, em Várzea Grande, mas não consegui localizá-lo. Durante a permanência dos policiais na residência, a esposa de Guilherme se apresentou.

Ela foi levada à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestou depoimento por duas horas à delegada Alana Cardoso.

O crime

Na última terça-feira, Danilo saiu da academia onde malhava e após andar por 200 metros no seu Honda Civic, foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta. No momento em que a vítima desceu do carro, o homem que estava na garupa, sacou um revólver e atirou cinco vezes.

Após o crime, os assassinos fugiram em direção a Miguel Sutil e até o momento não foram localizados.

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