O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) ofereceu mais uma denúncia relacionada aos desdobramentos da “Operação Sodoma”. 17 pessoas, entre políticos, agentes públicos e empresários foram acusados de participação nos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, coação no curso do processo, organização criminosa, lavagem de dinheiro e receptação qualificada.
Conforme informações da assessoria de imprensa do MPE, a denúncia foi protocolada no dia 17 de outubro passado. As investigações, desta fase, apontaram para um desvio de dinheiro público, por meio de desapropriação de um imóvel no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. Avaliada em R$ 31.715.000,00 paga na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), R$ 15.857.000,00 foram revertidos para a organização criminosa. O processo foi enviado para a juíza Selma Rosane dos Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal.
São denunciados pelo MPE O ex-governador Silval Barbosa (PMDB), O ex-presidente da Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomercio) Pedro Nadaf, O ex-secretário de Fazenda Marcel de Cusi, o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho “Chico Lima, o ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cezar Correa Araújo, O ex-secretario adjunto de administração José De Jesus Nunes Cordeiro, o ex-secretário de administração César Roberto Zílio, ex-secretário de administração Pedro Elias Domingos De Mello, o médico filho do ex-governador Rodrigo da Cunha Barbosa, o ex-secretário de planejamento Arnaldo Alves de Souza Neto, a ex-secretária da Fecomércio Karla Cecília De Oliveira Cintra, o ex-secretário da Intermat Afonso Dalberto, o proprietário do imóvel Antônio Rodrigues de Carvalho, seu advogado Levi Machado De Oliveira, o empresário Alan Ayoub Malouf, o servidro público João Justino Paes de Barros e o empresário Valdir Agostinho Piran,
Breve histórico
Na primeira fase da operação Sodoma, conforme o MPE, cinco pessoas foram denunciadas. As fraudes referiam-se à concessão e fruição de benefício fiscal do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), no período de 2011 a 2015, no âmbito do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso.
Já na segunda fase, uma outra denúncia foi oferecida contra 17 pessoas. As investigações trouxeram novos nomes e revelaram outro “modus operandi”, que consistiu na exigência e/ou recebimento de vantagem indevida de fornecedores do Estado. Entre os crimes praticados estavam : concussão, extorsão, lavagem de dinheiro, fraude processual, constituição de organização criminosa, fraude à licitação e corrupção passiva e ativa.
Acusados
Silval Barbosa: o ex-governador preso no Centro de Custódia da Capital (CCC) há mais de um ano é acusado de liderar o esquema que desvios e de ter recebido R$ 10 milhões dos valor pago pela desapropriação do Jardim Liberdade. Conforme a denúncia, ele era o responsável por articular e coordenar as ações dos demais integrantes, que atuavam com o propósito de blindá-lo.
Delitos atribuidos a cada denunciado
Silval Barbosa: Corrupção passiva, lavagem de Dinheiro, coação no curso do processo e falsidade ideológica
Pedro Nadaf: Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e coação no curso do processo
Marcel de Cursi: Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e coação no curso do processo
Rodrigo da Cunha Barbosa: Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, coação no curso do processo
Sílvio Cezar Correa Araújo: Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e coação no curso do processo
José De Jesus Nunes Cordeiro: Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e coação no curso do processo
Francisco Gomes De Andrade Lima Filho : Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e coação no curso do processo
Karla Cecília de Oliveira Cintra: Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e coação no curso do processoa
César Roberto Zílio: Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e coação no curso do processo
Pedro Elias Domingos de Melo: Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e coação no curso do processo
Arnaldo Alves de Souza Neto: Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e coação no curso do processo
Afonso Dalberto: Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e coação no curso do processo
João Justino Paes de Barros: Lavagem de dinheiro
Alan Malouf: Lavagem de dinheiro, receptação quealificada
Valdir Agostinho Piran: Lavagem de dinheiro
Antônio Rodrigues de Carvalho: Lavagem de dinheiro e falsidade ideológica
Levi Machado De Oliveira: Lavagem de dinheiro
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