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Justiça Segunda-feira, 20 de Fevereiro de 2017, 07:15 - A | A

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Segunda-feira, 20 de Fevereiro de 2017, 07h:15 - A | A

DESDE SETEMBRO DE 2015

Saiba quem são os 10 delatores da Operação Sodoma e quanto cada um pagou de propina

JESSICA BACHEGA

Deflagrada em setembro de 2015, a Operação Sodoma está em sua quinta fase e conta com mais de 20 réus, entre eles empresários, ex-secretários de Estado e o próprio ex-governador Silval Barbosa (PMDB) acusado de ser o líder da organização. No decorrer de um ano e cinco meses desde a primeira Operação, dez termos de delação premiada foram firmados por empresários e ex-secretários junto ao Ministério Público.

 

Reprodução/HiperNoticias

Joao batista/williians mischur

Os empresários João Batista e Willians Mischur de delatores se tornaram vítimas

São delatores os ex-secretários de Administração Pedro Elias e Cézar Zílio, o empresário Júlio Minori, dono da WebTech, Júlio César Volpato administrador da empresa Marmeleiro, Edésio Corrêa, dono da Saga, Frederico Muller e  Filinto Muller, sócios na credora Grupo FMC, o servidor da Sinfra Alaor Alvelos Zeferino de Paula,  Wilians Paulo Mischur, dono da Consignum e João Batista Rosa, dono da Tractor Parts. Estes dois últimos, hoje, usufruem do status de vítimas do esquema. 

 

Apesar de ser referido como colaborador até mesmo pela juíza Selma Arruda, nas audiências, o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, não tem firmado nenhum termo de delação premiada, como confirmou o advogado Willian Khalil ao Hipernotícias. “Ele tem colaborado com justiça como se comprometeu, mas ainda não há nenhum termo assinado”, ressaltou.

 

Investigação

 

A Operação Sodoma surge após denúncias de que empresas tiveram que pagar propina para prestarem serviços ao governo de Mato Grosso durante o mandato do ex-governador Silval Barbosa.

 

As investigações apontam que dentro do executivo havia esquema criminoso de corrupção e lavagem de dinheiro. O primeiro crime de desvio de dinheiro era relacionado à concessão de incentivos fiscais, por meio do Estado, através do Prodeic (Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso).

Alan Cosme/HiperNoticias

Pedro Nadaf

Ex-secretário Pedro Nadaf atualmente está solto após colaborar com a Justiça

Os pedidos de prisão desde a primeira fase são feitos pelo Ministério Público após investigações da Delegacia Fazendária.

 

Até sua quarta fase, as investigações apontam que foram desviados cerca de R$ 48 milhões. A quinta fase ainda está em fase de inquérito policial e não teve a denúncia oferecida á Justiça. No entanto as investigações da Delegacia Fazendária (Defaz), apontam para um desvio de R$ 7 milhões. Os valores desviados em todas as fases pode ser ainda maior, visto que as investigações estão em andamento. 

 

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), a organização atuava promovendo desvios de dinheiro público, cobrando propina de empresários em troca de incentivos ficais, manutenção de contratos com o Estado e superfaturamento de valores pagos por desapropriação de área.

 

A Operação Sodoma foi desencadeada após os delatores do esquema, os empresários Júlio Minori, dono da Webtech, Willians Paulo Mischur, proprietário da Consignum e João Batista Rosa, dono do Tractor Parts, confirmarem ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Justiça o pagamento de valores para a organização.

 

Reprodução/HiperNoticias

Marcel de cursi e silval barbosa

Silval Barbosa e Marcel de Curse estão presos por 15 meses no CCC

Confira lista de delatores:

 

Pedro Elias: Ex-secretário de Administração. É delator do esquema e se comprometeu a devolver R$ 2 milhões que teria recebido de propina. Foi preso na segunda fase da operação e solto após homologar a delação. Tinha papel de destaque nas negociações ilícitas da organização. 

 

Cesar Zílio: Assumiu sua parte e contou à justiça como funcionava o esquema. Auxiliava no esquema fraudando licitações e fornecendo incentivos fiscais do Prodeic.

 

Julio Minori: Confessou que pagou R$ 1,3 milhão em propina para o grupo a fim de assegurar seu contrato junto ao governo do Estado. É dono da empresa Web Tech Softwares e Serviços.

 

Júlio César Volpato e Edésio Corrêa: confessaram que pagaram cerca de  R$ 7 milhões a organização criminosa. Entre os anos de 2011 e 2014 receberam aproximadamente R$ 300 milhões do governo do Estado.

 

Frederico Muller e  Filinto Muller: afirmaram que que sabiam das transações irregulares que ocorriam através de cheques que eram trocados em sua factoring, a pedido do ex-procurador do Estado, Francisco de Andrade de Lima Filho, o Chico Lima. 

 

Wilians Paulo Mischur: confessou que pagou cerca de R$ 20 milhões ao grupo para que conseguisse o contrato com o Estado. Sua empresa, Consignun, administra empréstimos dos servidores e ele denunciou a ação após não conseguir mais pagar o valor que o grupo pedia. Cerca de R$ 500 mil mensais. Foi considerado vítima de extorsão da organização criminosa.

 

João Batista Rosa: O dono da Tractor Parts informou o pagamento de R$ 2,5 milhões para que fosse contemplado com incentivos fiscais do Proceic. Também foi considerado vítima de extorsão feita pela organização criminosa.

 

Alaor Alvelos Zeferino de Paula: servidor público da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra) confirmou a cobrança de propina e as fraudes existentes na pasta a fim de desviar recursos. 

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