O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da Décima Segunda Vara Criminal de Cuaibá, negou o pedido de revogação de prisão dos réus Guilherme Dias de Miranda e Wallisson Magno De Almeida Santana, acusados de matar o personal trainer Danilo Nascimento de Souza Campos. O magistrado também marcou para o dia 29 de maio o início dos interrogatórios das testemunhas convocadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela defesa dos réus na ação que investiga o homicídio.
Alan Cosme - HiperNotícias
A decisão é do dia 23 de maio e foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) desta sexta-feira (25).
A defesa de ambos investigados argumentou que Wallisson e Danilo são réus primários, tem residência fixa e trabalho, além de não oferecerem risco de fuga, de forma que seria cabível a revogação da prisão preventiva.
O MPE manifestou contra os pedidos de liberdade.
O juiz rebateu as argumentações da defesa e apontou que Guilherme é acusado de estelionato em outra ação e Wallison responde por homicídio na Primeira Vara Criminal de Várzea Grande. Pontua que após a morte da vítima, a dupla fugiu para São Paulo e permaneceu foragida por cerca de três meses.
“Diante de todas estas considerações, entendo que o fato de os acusados possuírem residência fixa e ocupação lícita não são suficientes para suas liberdades, notadamente pelo fato de ambos terem fugido por quase três meses para outro Estado dificultando a investigação”, diz trecho da decisão.
A defesa de Wallison também pediu a nulidade da busca e apreensão realizada em seu aparelho celular. Requerimento negado pelo juiz.
Ao fim do documento, Miraglia ainda determinou a intimação de testemunhas arroladas pelas partes para comparecerem a audiência de instrução de julgamento marcada para o dia 29, as 14 horas.
O crime
No dia 8 de novembro de 2017, Danilo saiu da academia onde malhava e após andar por 200 metros no seu Honda Civic, foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta. No momento em que a vítima desceu do carro, o homem que estava na garupa, sacou um revólver e atirou cinco vezes.
O atirador seria Walisson, que agiu a mando de Guilherme, que por ciúmes de Danillo com sua esposa, acabou encomendando a morte do profissional. Danillo é filho do vereador Nilo Campos, de Várzea Grande.
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