A Polícia Federal requereu ao Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogação de prazo para a conclusão do inquérito que investiga o suposto repasse indevido de R$ 12 milhões que teria sido feito pela Odebrecht para o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
O pedido foi encaminhado a Suprema Corte nesta quarta-feira (24) e aguarda decisão do relator ministro Edson Fachin.
O inquérito foi iniciado no ano passado, após as delações dos executivos da Odebrech Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto que afirmaram terem pago cerca de R$ 12 milhões para o então candidato ao governo do Estado, Blairo Maggi, em 2006. O valor teria financiado a campanha eleitoral na qual o ex-governador Silval Barbosa (sem partido) era vice de Maggi.
“São relatados pagamentos na ordem de R$ 12 milhões a Blairo Maggi e R$ 400 mil a José Orcírio Miranda dos Santos, repasses implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, sendo os beneficiários identificados no sistema “Drousys” como “Caldo” (Ministro Blairo Maggi) e “Pescador” (Deputado Federal “Zeca do PT”)”, diz trecho do inquérito.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a propina teria sido solicitada pelo então secretário de Fazenda, Éder Moraes, em troca de aceleração do pagamento de créditos que a empreiteira tinha junto ao Estado, referentes a obras feitas em anos anteriores.
Apesar de a empresa ter direito ao recebimento, o valor não era repassado por falta de capacidade financeira do Estado, de forma que foi montada uma comissão para angariar fundos junto a União.
Após o início da tramitação para conquistar os recursos federais, Eder então teria procurado os Executivos para propor que se eles pagassem o dinheiro solicitado haveria celeridade no repasse dos créditos aos quais tinham direito.
O ex-governador do Mato Grosso do Sul José Orcírio Miranda dos Santos teria recebido R$ 400 mil para despesas de campanha daquele ano.
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Critico 25/01/2018
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