O ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, é o segundo a depor na tarde desta quarta-feira (28) em audiência de instrução do processo decorrente da Operação Seven, coordenada pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane de Arruda.
Alan Cosme/HiperNoticias
A Seven revelou um esquema fraudulento na compra duplicada de um terreno na região do Manso, cujo prejuízo para os cofres públicos teria sido de R$ 7 milhões.
Antes do ex-secretário, a juíza já havia interrogado o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, delator do esquema.
Nadaf confessou a participação na fraude e disse ter recebido R$ 500 mil. Segundo ele, o desvio de recursos era para levantar dinheiro para pagar dívidas do grupo político do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Dos R$ 7 milhões do terreno, R$ 3,5 milhões ficaram com a organização criminosa supostamente liderada por Silval.
Durante o interrogatório, a juíza questionou Nadaf se era possível que algum servidor contribuísse com o esquema, sem saber do que se tratava. Nadaf respondeu positivamente. “Isso acontecia algumas vezes”, disse.
O advogado de defesa de Silval, Valber Melo, pediu que o ex-secretário apresentasse outros nomes que fizeram parte do grupo criminoso. Nadaf diz que prefere se manter em silêncio, mesma resposta de quando foi questionado sobre quais outras dívidas seriam pagas com o dinheiro desviado, além das de Silval. "Quero deixar claro que nao participei de todas negociações nem soube de todas os casos" frisou Nadaf.
A juiza Selma Rosane perguntou ae Nadaf ja participou de atos ilícitos sem receber vantagem, ao que Nadaf respondeu afirmativamente. Assim como os depoimentos anteriores, Nadaf se comprometeu a ressarcir oa cofres públicos.
O depoimento foi encerrado e agora a magistrade deve enterrogar Claudio Takayuki, ex-superintendente de Biodiversidade da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema).
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