O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) recorreu da decisão que condenou a tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur de Souza Dechamps pelo crime de maus-tratos contra o aluno soldado Rodrigo Claro, de 21 anos. O órgão pede que a tenente seja enquadrada pelo crime de tortura contra o rapaz. A militar recebeu a pena de um ano de detenção, que está sendo cumprida em regime aberto.
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No documento, assinado pelo promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta, o MPMT pede que Ledur seja enquadrada no crime de tortura, cuja pena pode variar entre dois e 16 anos de prisão. Por ter sido condenada por apenas um ano de detenção, a tenente não perdeu a patente nem o cargo no Corpo de Bombeiros.
O promotor reforçou ainda que os autos do processo demonstram que Ledur "incorreu na prática do crime de tortura qualificada pelo resultado morte, razão pela qual sua condenação como incursa nas penas da aludida conduta criminosa é imperiosa."
Foi relatado ainda que, durante o curso, Rodrigo apresentava dificuldades na natação e, que após notar tal fato, Ledur teria começado a submergi-lo na água, afundando-o por reiteradas vezes.
"Deveras, em consonância com o narrado na peça inicial, logo após o início da execução da atividade, o ofendido Rodrigo Patrício Lima Claro apresentou cansaço e dificuldade em continuar a prova, tendo sido auxiliado por seu colega Maiuson da Silva Santos, momento no qual a recorrida, percebendo a dificuldade apresentada pela vítima, começou a submergi-la na água, afundando-a por reiteradas vezes", diz trecho do documento.
Entenda o caso
O crime contra Rodrigo ocorreu durante um treino de instrução na Lagoa Trevisan, na Capital, em novembro de 2016. O jovem fazia aula de instrução de salvamento quando passou mal. Rodrigo ficou em coma na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) de um hospital particular de Cuiabá e morreu cinco dias depois.
Segundo denúncia do MPMT, a tenente, que era a instrutora do curso, usou de meios abusivos de natureza física e de natureza mental.
Desde a morte do aluno, a oficial foi afastada dos trabalhos e apresentou vários atestados médicos alegando problemas psicológicos. No entanto, em 2019, Ledur retomou a atuação no setor administrativo da corporação.
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waldomiro lopes 27/10/2021
PARECE-ME QUE ESTÃO COPIANDO A TURMA DOS ONZE
1 comentários