O Ministério Público Estadual (MPE) emitiu parecer favorável a retirada da tornozeleira de monitoramento eletrônico do empresário Valdir Piran, réu na Operação Sodoma 4, que apura desvio de recursos por meio da desapropriação do Jardim Liberdade, pela qual o Estado pagou R$ 31 milhões.
Os defensores do empresário argumentam que a instrução processual referente a operação já foi encerrada, ressaltam a posição colaborativa do réu durante as investigações e também o pagamento da fiança fixada em R$ 12 milhões. Bem como o cumprimento das demais imposições cautelares alternativas a prisão.
Conforme o documento assinado pela promotora de Justiça, Ana Bardusco, desde que está sendo monitorado, o réu não descumpriu nenhuma das medidas judiciais impostas a ele. Bem como reconheceu o recebimento de dinheiro da organização criminosa para sanar dívida que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) tinha com sua empresa e o repasse de valores a terceiros de forma clandestina, o que caracteriza a lavagem de dinheiro. Bardusco cita também o recolhimento da fiança “motivos pelos quais entende que o requerimento deve ser deferido”, diz trecho do documento. A manifestação do MPE reunida aos autos na última sexta-feira (22).
Apesar de ser favorável à retirada do equipamento, a promotora ressalta que as demais medidas cautelares devem ser mantidas. Entre elas o comparecimento em juízo mensalmente para comprovar as atividades e não manter contato com investigados e testemunhas da ação.
Operação Sodoma 4
Conforme as informações do MPE, o governo, na época na desapropriação, depositou R$ 31.715 milhões a uma imobiliária. Desse depósito, 50% voltaram em benefício da organização criminosa. O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) é acusado de liderar o esquema.
Na ação, Piran, dono de uma factoring em Cuiabá e que foi preso em Brasília, seria o agente da lavagem do dinheiro.
O empresário e o seu filho Valdir Piran Júnior agiram nitidamente na intenção deliberada de dissimular a origem dos valores que lhes foram repassados. Piran foi preso em sua casa, em Brasília, em 26 de setembro de 2016, e desde outubro do ano passado estava sob monitoramento.
Leia também
Três membros da família Malouf, Piran e ex-secretário são ouvidos em nova operação
Juíza destaca função de cada investigado na 4 fase da Sodoma; Piran é o mais violento
“Não tenho intenção de fazer acordo de delação premiada", avisa dono de factoring
Fiança milionária garante ressarcimento ao erário
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
Cuiabano 26/09/2017
Incrível o MPE ao invés de estar a favor da sociedade honesta, está contra pq? Só pq tem dinheiro? Fosse o trabalhador jamais isso ocorria.
1 comentários