O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal de Federal (STF), concedeu mais prazo para que a Polícia Federal (PF) conclua o inquérito que investiga o suposto recebimento de propina pelo Ministro Blairo Maggi. Ele teria sido beneficiado com recursos indevidos pegos pela empresa Odebrecht para financiar a campanha eleitoral de 2006, no qual concorreu a governador de Mato Grosso.
A decisão do ministro é de sexta-feira (9) e atende ao pedido de prorrogação de prazo da PF encaminhado ao seu gabinete no dia 24 de janeiro.
A ação tramita no STF desde março de 2017 e teve início após as delações dos executivos da Odebrech Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto que afirmaram terem pago cerca de R$ 12 milhões para o então candidato ao governo do Estado, Blairo Maggi, em 2006. O valor teria financiado a campanha eleitoral na qual o ex-governador Silval Barbosa (sem partido) era vice de Maggi.
São relatados pagamentos na ordem de R$ 12 milhões a Blairo Maggi e R$ 400 mil a José Orcírio Miranda dos Santos, repasses implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, sendo os beneficiários identificados no sistema “Drousys” como “Caldo” (Ministro Blairo Maggi) e “Pescador” (Deputado Federal “Zeca do PT”)”, diz trecho do inquérito.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a propina teria sido solicitada pelo então secretário de Fazenda, Éder Moraes, em troca de aceleração do pagamento de créditos que a empreiteira tinha junto ao Estado, referentes a obras feitas em anos anteriores.
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