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Justiça Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2017, 14:00 - A | A

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Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2017, 14h:00 - A | A

EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA

Gaeco interdita hospital espiritual em Mato Grosso

KEKA WERNEK / GAZETA DIGITAL

Com ordem judicial em mãos, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) interditou nesta quinta-feira (23) um hospital de pequeno porte no assentamento Piratininga, distrito de Nova Ubiratã (502 km ao norte de Cuiabá). A acusação é de exercício ilegal da medicina, promessa de cura e realização de cirurgias espirituais, mediante cobrança. 

 

Reprodução

Hospital Espiritual

 

A consulta, como consta na recepção do hospital, custava R$ 100. A promessa de cura se espalhou na região e estava ocorrendo peregrinação ao assentamento. A média era de 200 consultas por dia. 

 

Conforme ação movida pelo Ministério Público Estadual (MPE), quem fazia o atendimento aos pacientes era Flávio Ferreira Teixeira. Já Sabino Maggioni e Hilário Bosing articulavam as vítimas. Eles são réus na ação. 

 

Estima-se que só em 2016 tenham angariado R$ 8 milhões. Apontado como “médium”, Flávio se diz engenheiro civil, natural de Porto, em Portugal. 

 

Tanto o Ministério Público quanto o Judiciário não se pronunciam sobre o caso que tramita deste 25 de novembro de 2016 sob sigilo. A promotora Fernanda Pawelec acompanha o caso e a decisão pela interdição do hospital, dada em dezembro do ano passado e somente agora cumprida pelo Gaeco, é da juíza Marina França, que, à época, atuava na região. 

 

A magistrada autorizou, além da interdição, a apreensão de documentos, objetos, dinheiro em espécie, materiais utilizados nas atividades e quaisquer outros elementos que sirvam como prova. Determinou ainda a quebra de sigilo bancário dos réus e bloqueio de bens pertencentes aos requeridos.

 

Devido ao sigilo, a reportagem não conseguiu confirmar se há mandado de prisão contra os réus. Na ação, consta que o objetivo do grupo é apenas de “auferir lucro” e que dá preferência a pessoas de melhor poder aquisitivo, tendo recebido, apenas por um procedimento, R$ 17 mil.

 

A fama dos ditos médiuns, que estariam fazendo curas milagrosas, correu na região, tomando grandes proporções. A equipe, além de consultar e operar espiritualmente, receitava medicamentos.

 

Avesso às práticas espirituais, o Conselho Regional de Medicina (CRM) as questiona, mesmo quando não há cobrança. “A população precisa tomar cuidado ao procurar esse tipo de caminho de tratamento, porque já vi diagnósticos serem retardados e pessoas morrerem porque acreditaram em cura pela fé”, ressalta a presidente da entidade, Maria de Fátima.

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