O juiz Marcos Faleiros, titular da 11ª Vara Criminal, acaba de expedir um mandado de prisão contra o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.
As prisões são desdobramentos dos grampos ilegais descobertos nos últimos dias em Mato Grosso.
Os mandatos acabam de ser cumpridos nesse momento e ambos serão levados ao Fórum de Cuiabá. Ainda não se sabe o local onde ambos deverão ficar presos.
As escutas telefônicas ilegais vieram à tona há duas semanas, quando o esquema foi revelado durante reportagem exibida pelo Fantástico (Rede Globo) que mostrou que dezenas de pessoas haviam sido grampeadas indevidamente.
Entre as pessoas grampeadas estão a deputada estadual Janaina Riva (PMDB), um assessor do deputado estadual Wagner Ramos (PSD), desembargador aposentado José Ferreira Leite, um assessor do desembargador Marcos Machado e Kely Arcanjo Ribeiro Zen, filha do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
A denúncia foi oficializada à Procuradoria Geral da República (PRG) pelo promotor de justiça Mauro Zaque, em janeiro deste ano. Exatamente um ano e um mês após ter pedido demissão do cargo de secretário de Segurança Pública do Estado (Sesp).
Marcos Lopes/HiperNotícias
Denúncia de grampos ilegais foi feita pelo ex-secretário de Segurança Pública Mauro Zaque
Zaque alega que pediu exoneração do cargo após informar o governador do caso e ter exigido a exoneração do ex-secretário Paulo Taques, do comandante geral da Policia Militar de Mato Grosso, coronel Zaqueu Barbosa e de outros policiais e o governador não ter aceitado.
Já Pedro Taques nega que tenha tido conhecimento dos fatos e determinou ao secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, que investigue os fatos. Jarbas já solicitou o fim do termo de cooperação entre a Sesp e o Gaeco na utilização do sistema “guardião”, responsável pelas escutas telefônicas.
Taques também decidiu realizar uma representação contra Mauro Zaque na Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) e no Conselho Nacional dos Ministérios Públicos (CNMP), por denúncia caluniosa, prevaricação e fraude em documentos públicos.
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