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Justiça Terça-feira, 30 de Maio de 2017, 13:35 - A | A

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Terça-feira, 30 de Maio de 2017, 13h:35 - A | A

GRÃO VIZIR; SIGA

Empresário revela que "só ganhava licitação quem pagava propina na Seduc"

JESSICA BACHEGA

A juíza Selma Arruda, titular da Sétima Vara Criminal, ouve nesta terça-feira (30) os colaboradores da Operação Grão Vizir, terceira fase da Operação Rêmora, que apura esquemas de desvio de dinheiro da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

 

O primeiro a depor é o empreiteiro Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora. Além dele, também será ouvido pelo juízo, o  também empresário, Luiz Fernando da Costa. Eles confessaram suas participações no esquema descoberto em 2016.  

 

Na época em que firmaram delação com o Ministério Público, além de afirmar que eles desviaram dinheiro de construção de escolas, Giovani e Luiz Fernando também apontaram outros membros do grupo, entre eles o empresário Alan Malouf e o ex-secretário Permínio Pinto, ambos em prisão domiciliar.

 

Marcus Batista/Jornal Fotográfico

Giovani

Giovani Guizardi, dono da empresa Dínamo

Depoimento

13h40 - Perante a magistrada Selma Arruda, seus advogados e promotores de Justiça, Guizardi começou dizendo que o esquema de desvio de recursos da Seduc começou antes do governo atual. 

 

"Esse esquema na Seduc foi herdado do antigo governo no qual o Ricardo Saguerezi  era o cobrador. Quando mudou a gestão esse esquema esfriou um pouco", relatou o empresário. 

 

13h42 - Ele conta sobre seu interesse em expandir os negócios de sua empresa para área cível. Visto que até então sua construtora atuava apenas em pavimentação. Guizardi também relata como aconteceu seu ingressos na Seduc e o contato com Alan Malouf e Perminio Pinto.

 

"O primeiro encontro com Permínio foi intermediado pelo deputado Guilherme Maluf (PSDB). E posteriormente fui apresentado por Alan Malouf ao servidor Wander Dias, que era do setor de licitações".

 

13h45 - Ele disse que pressionou Wander para que fosse inserido nas licitações da Seduc pois "tinha gente que investiu dinheiro em campanha e precisava ter esse retorno"

 

13h48 - Ao ser questionado por Selma sobre a cobrança de propina, Guizardi declarou que foi informado que a cobrança já ocorria sob a liderança de Permínio e que nem ele nem Alan Malouf estariam recebendo.

 

13h53 - Guizardi então propôs a Alan que fosse reduzido o número de empresários e cobrado maior percentual de propina. "Nessa época ele não achou bom, mas depois deixou organizar os grupos e aumentar a propina", contou. 

 

13h58 - Segundo delator, os empresários tinham conhecimento do esquema e eram beneficiados. Ele comenta que o empresário Ricardo Sguarezi foi falar com Permínio para saber se era Guizardi mesmo que estava organizando o esquema. Daí, Permínio  confirmou que sim. Guizardi assume ter arrecadado R$ 1,2 milhão em propinas na Seduc. Revela que o empresário Ricardo Sguarezzi acertava diretamente com Permínio e ele não sabe quantos o ex-secretário recebeu.

 

14h - "Descobri que o Permínio estava pegando dinheiro fora da organização criminosa", assinala, ao acrescentar que Permínio representava o grupo político do deputado federal Nilson Leitão, o estadual Guilherme Maluf e o empresário Alan Malouf.  Parte do dinheiro foi pago direto para Perminio e é esse valor o delator não sabe quanto é. 

 

14h10 - Leonardo Guimarães Rodrigues, Clarice Maria, Eder Alberto Messiana,  José Eduardo Nascimento,  Silvio Piva, Mario Lourenço Salem,  Leonardo Leite,  Luiz Fernando Rondon, Esper Haddad eram do grupo de empresários. Perminio representava Nilson Leitão.  "Toda vez que pegava o dinheiro tinha que mandar para Sinop". 

 

14h15 - Sobre ameaças, Giovani Guizardi comenta que ele nem sua esposa, Jamile, nunca foram ameaçados pelo empresário Alan Malouf. "O que sai é fofoca da mídia", afirma.      

 

14h18 - Guizardi conta que o engenheiro eletricista, Edézio Ferreira, denunciado na operação por fazer parte da organização criminosa, também prestou serviços para sua empresa durante alguns meses.

 

Reprodução

luiz gran vizir

Empresário Luiz Fernando, dono da Luma Construtora, revela que houve reunião em seu escritório

14h19 - Depois Guizardi disse que pediu o desligamento da empresa de Edézio porque "sabia que o que fazia não era muito certo". O eletricista também não participava das reuniões do grupo. Mas confessa que Edezio fez alguns depósitos de dinheiro de propina a pedido de Guizardi em contas de uma rádio que era de Nilson Leitão, em Sinop.

 

14h20 - Por último, Guizardi afirma que Edézio sabia que o dinheiro era de propina.

 

14h21-  Ao ser questionado pela defesa de Edézio de o eletrecista sabia da propina, o delator responde que sim. "O senhor não devia ter perguntado "Ele sabia que era propina, doutor. Estava bom do jeito que estava".

 

Depoimento do delator termina e o próximo a ser ouvido é o empresário Luiz Fernando.

 

14h25 - Na sala de audiências, o também delator afirma que ficou pouco tempo com o grupo. "Minha relação foi de pouco tempo com esse pessoal do grupo", comentou. 

 

A magistrada pede que ele explique como funcionava as ações. 

 

14h28 - Ele relata que seu contato sempre foi com Giovani Guizardi e que cabia a ele a cobrança de  propina.

 

14h29 - O empresário, dono da Luma Construtora, conta que foi abordado por Fábio Frigeri que pediu que ele fosse procurar Giovani Guizardi para que pudesse receber os créditos que tinha junto a Seduc.

 

14h30 - "Eu participava das reuniões,  dava desconto na obra e ainda tinha que pagar propina. Paguei cerca de R$ 9 mil de propina, mas sai do grupo porque não queria pagar mais. Eu fui um dos que brigou para baixar a propina para 3% porque 5% Não dava para pagar. Nem 3% não dava.  isso saia do bolso do empresário", conta.

 

14h31 - Luiz ainda cita que houve uma reunião em seu escritório, no bairro Santa Rosa, onde estavam outros 15 empresários. A reunião era para tratar do valor da propina. "A exigência de Giovani era para pagar. Se não pagar não recebe na proxima, ele falava" explica.

 

14h35 - Na sequência, após parar de pagar propina e tentar licitação para construção de algumas escolas, Luiz Fernando disse que foi barrado. "Participei de licitação na Seduc, mas não ganhei. Isso aconteceu por que eu parei de pagar propina", conta.

 

14h39 - Acaba o depoimento do delator. 

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