Janilson Meleu Correa, conhecido como “Dimenor”, foi condenado a 13 anos e seis meses de reclusão por ter assassinado Anderson Clayton Lucena de Lima em 2014, no bairro Nova Esperança, em Cuiabá. A condenação ocorreu na quinta-feira (5) durante o tribunal do júri, na Capital.
O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e a autoria delitiva, que o crime foi cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, nos moldes da denúncia oferecida pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
“Em que a pese a sua pouca idade, já sofreu três condenações definitivas: uma por crimes anteriores a este (tráfico de entorpecentes e porte ilegal de arma de fogo, em concurso material) e duas por crimes supervenientes (latrocínio e tráfico de drogas). O réu ostenta periculosidade concreta que se traduz em risco à ordem pública e a sua mantença no cárcere é a única forma de evitar a prática de novos delitos”, consta na sentença. O réu não poderá apelar em liberdade.
A juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, presidente da sessão, considerou que o réu agora está condenado por crime hediondo e que suas penas oportunamente passarão por uma nova unificação perante o Juízo da Execução Penal, totalizando 47 anos, sete meses e 15 dias de reclusão.
De acordo com a denúncia oferecida pelo MPMT, o crime foi cometido em abril de 2014, no bairro Nova Esperança, em Cuiabá. O acusado atirou cinco vezes na vítima, que era conhecida como “Bombinha”. O crime foi cometido em razão de desavenças anteriores e rivalidades relacionadas à venda e consumo de drogas na região.
"Restou demonstrado nos autos que o crime foi praticado com extrema frieza e violência, sendo efetuados diversos disparos de arma de fogo, dos quais cinco atingiram a vítima, alguns quando já se encontrava caída ao solo”, diz outra parte da sentença.
Esse foi o segundo julgamento pelo Tribunal do Júri na Capital em agosto. A pauta do mês prevê nove sessões com 12 réus, todos presos. Atuarão na acusação os promotores de Justiça Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, Marcelle Rodrigues da Costa e Faria, Samuel Frungilo e Vinícius Gahyva Martins, do Núcleo de Defesa da Vida do MPMT.
Em razão da pandemia da Covid-19, os julgamentos do Tribunal do Júri foram retomados em Cuiabá, no sistema híbrido. Magistrado, promotor de Justiça, advogados, réu e jurados participam presencialmente. O público interessado assiste por videoconferência. Para isso, o link de acesso deve ser solicitado antecipadamente pelo e-mail [email protected].
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