A defesa do cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Corrêa Júnior, réu em uma ação penal derivada da grampolândia pantaneira, aguarda que o governador Pedro Taques (PSDB) preste depoimento na 11ª Vara Especializada da Justiça Militar. O tucano foi arrolado pelos advogados do policial, único que permanece preso por conta do episódio, como testemunha de defesa.
Alan Cosme/HiperNoticias
O advogado de Corrêa, Neyman Monteiro, destaca que a oitiva, se ocorrer, pode não ser realizada no Fórum de Cuiabá. Como governador, Taques pode escolher data e local em que seria ouvido. “A gente aguarda a oitiva dele, já que ele se deu por no STJ para ser investigado. Então ele poderia esclarecer algumas dúvidas com nosso cliente”.
Para Monteiro, o governador pode até não aceitar depor, a exemplo do ex-secretário Paulo Taques, que alegou na última sexta-feira (2) não poder prestar depoimento por ser investigado em uma ação que trata de fatos conexos ao caso, além de advogar para uma pessoa investigada em instância superior. ”Não posso prejulgar ninguém. Se ele quiser vir ele poderá vir. Quem não deve não teme”.
Ao final da audiência, o advogado não escondeu a decepção com a manutenção da prisão de Gerson, mesmo com manifestação favorável do Ministério Público à aplicação de medidas cautelares contra o militar, preso desde maio do ano passado.
“A defesa tenta, mas aqui ele está pré-condenado, só falta a pena. Aqui não adianta tentar mais nada. Se quem acusa pede para soltar, é difícil para a defesa fazer qualquer coisa. A gente vai aguardar o julgamento do Habeas Corpus no Tribunal de Justiça. Quem sabe os desembargadores pensem diferente”, pontuou.
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