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Justiça Terça-feira, 29 de Junho de 2021, 12:00 - A | A

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Terça-feira, 29 de Junho de 2021, 12h:00 - A | A

PRIORIDADE NA IMUNIZAÇÃO

Defensoria aciona a Justiça para que Emanuel vacine presos de Cuiabá em 15 dias

O prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro, estaria ignorando ilegalmente a prioridade que a população carcerária tem, segundo Plano Nacional de Imunização, além dos graves riscos de contaminação em massa, em prisões superlotadas

REDAÇÃO

(Atualizada no dia 30 de junho) A Defensoria Pública de Mato Grosso protocolou mandado de segurança, com pedido de liminar, contra o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) para que ele cumpra o Plano Nacional de Vacinação e imunize os presidiários da Capital em 15 dias sob pena multa de R$ 100 mil ao dia por descumprimento.

Bruno Cidade

Defensoria Publica

 

O defensor público do Núcleo de Execução Penal de Cuiabá (NEP) André Rossignolo afirma que Pinheiro descumpre ilegalmente o Plano Nacional, ao ignorar, sem qualquer justificativa, que a população carcerária do município integra os grupos prioritários para receber a vacina.

A situação da superlotação das unidades é mencionada para lembrar a existência “de elevado risco de uma disseminação em massa da Covid-19”, nas prisões, diante das condições insalubres e do ambiente altamente propício para a contaminação e disseminação de doenças virais. Somente na Penitenciária Central do Estado (PCE) estão detidas 2,4 mil pessoas, que caso se contaminem gravemente, bastam para colapsar o sistema de saúde.

“O Plano Nacional de Imunização definiu como grupo prioritário a população privada de liberdade (Grupo 17) e no município de Cuiabá já são vacinadas pessoas com menos de 59 anos, sem comorbidades. É possível verificar que a Autoridade Coatora vem se omitindo ilegalmente ao deixar de imunizar a população carcerária, cujo risco de contaminação em massa é elevado”, diz trecho do mandado.

No pedido, a Defensoria registra que no dia 23 de abril o juiz corregedor das penitenciárias de Cuiabá e Várzea Grande, Geraldo Fidelis Neto, determinou que as secretarias de Saúde de ambos os municípios apresentassem, em 24 horas, um plano de ação para imunizar os presos, mas a determinação não foi cumprida.

“Ocorre excelência, que a Autoridade Coatora não vem cumprindo com as diretrizes do Plano Nacional, ignorando a população carcerária, grupo prioritário, ao deixar de imunizá-la. Prova disso é que a vacinação dos presos idosos e com comorbidades de Cuiabá só ocorreu após determinação deste Egrégio Tribunal de Justiça, nos autos do Mandado de Segurança Criminal nº 1007965-97.2021.8.11.0000”, traz outro trecho.

O defensor destaca que Cuiabá iniciou a vacinação de pessoas com menos de 59 anos, sem comorbidades, ou seja, pessoas que estão fora dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, o que evidencia “nítido preterimento” dos presos.

Rossignolo lembra que nas quatro unidades prisionais de Cuiabá estão detidas 3,5 mil pessoas. E que a Secretaria Municipal de Saúde foi oficiada a vaciná-las, antes de iniciar a imunização das pessoas que não estão no grupo de maior risco.

“Na resposta ao mencionado requerimento a Secretária nos informou que ‘inicialmente serão vacinados os grupos prioritários com maior agravamento da doença e maior registro de óbitos pela Covid-19, como de idosos, pessoas com comorbidades e imunodeficiência. Assim, a população privada de liberdade será acolhida na ordem de prioridade destinada a cada categoria’. Porém, vale lembrar que já iniciaram a vacinação para aqueles que estão fora desses critérios”, concluiu. 

Outro lado

A Prefeitura de Cuiabá informou por meio de nota que com relação à vacinação contra a Covid-19 dos presos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já promoveu a aplicação da primeira dose em 36 pessoas que se enquadram no grupo de idosos, nos três presídios masculinos da Capital, em maio.

"A SMS segue o Plano Nacional de Imunização (PNI), bem como as determinações da Comissão Intergestora Bipartite (CIB). A Pasta questionou recentemente a Secretaria Estadual de Saúde (SES) quanto à continuidade da vacinação desse grupo e recebeu como resposta a cópia de um comunicado do Ministério da Saúde aos coordenadores estaduais de imunização, que informa que prevê para as próximas distribuições de doses a continuidade da vacinação da população privada de liberdade"

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